Safra da tainha fica abaixo do esperado na região

A temporada da pesca da tainha encerra nesta segunda-feira, 31, e segundo o presidente da Colônia Z-33, Rogério Feliciano Cardoso, o Abacate, se comparado ao último ano, os números ficaram abaixo da expectativa. “Antes mesmo de encerrar a safra, a tainha já parou de aparecer, pelo menos aqui no mar de Balneário Rincão”, lamenta.

Conforme Abacate, no último ano nas 24 parelhas da região foram pescadas em torno de 60 toneladas do peixe. Este ano, ele calcula que não chegou a 50 toneladas. “Já estamos investindo em outro tipo de pescado para termos renda, como a pescadinha e a papa-terra”, diz ele.

Ainda conforme o presidente da Colônia de Pesca Z-33, em Balneário Rincão, quando a tainha chega, uma pequena quantidade é comercializada na beira da praia para veranistas e moradores. “Outra parte segue para Laguna, Itajaí e outras localidades”, disse ele.

Já na região de Araranguá, o presidente da Colônia de Pescadores Z-16, Willy Heidner, também comenta que a safra do ano passado foi melhor. “Como no Rio Grande do Sul o preço foi baixo, aqui não teve muito procura”, disse ele. “Dentro do Rio Araranguá, os pescadores ainda pegam a tainha que entra via Barra, mas pouca quantidade. Não trabalhamos com parelha, mas sim, direto na praia ou pelo rio. Agora já estamos focando na pesca da anchova e corvina”, destaca. Atualmente a Colônia Z-16, conta com 350 associados

Em Florianópolis, números positivos 

De acordo com o “Tainhômetro”, da prefeitura de Florianópolis, mais de 257 mil tainhas foram pescadas durante a temporada artesanal. O número foi 178% maior que o do ano passado na cidade. Este ano, somente a pesca artesanal e anilhada foram liberadas pelo Governo Federal, que também reduziu o volume permitido à modalidade, antes em 830 toneladas.

O Governo estadual tentou intervir, chegando a ir à Justiça para tentar reverter a decisão, mas não conseguiu. A finalização ocorreu no momento que o Estado atingiu a cota de 460 toneladas, estipuladas para esta safra.