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Reino Unido registra caso atípico de mal da vaca louca

Segundo o órgão, o animal já foi abatido e investigações estão sendo feitas na região onde a vaca foi encontrada

O Reino Unido registrou um caso atípico de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), doença conhecida como mal da vaca louca, em uma vaca leiteira de 17 anos, de acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

Segundo a CNN, o animal já foi abatido e investigações estão sendo feitas na região onde a vaca foi encontrada. A localização exata da fazenda não foi incluída no relatório para proteger a identidade e o bem-estar do agricultor, segundo a entidade.

A OIE afirma, ainda, que o registro deste caso não altera o status de risco de doença de EEB no Reino Unido. Em fevereiro deste ano, um diagnóstico da doença foi confirmado no Brasil.

Um exame realizado em um laboratório de referência no Canadá confirmou que se tratava de uma infecção atípica. À época, a China chegou a suspender a exportação de carne.

O que é a doença da vaca louca

A Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) é uma doença do sistema nervoso dos bovinos, que tem um longo período de incubação entre dois e oito anos, e ocasionalmente mais longo. Atualmente não há tratamento ou vacina contra o agravo.

Faz parte de um grupo de doenças conhecidas como encefalopatias espongiformes transmissíveis, ou doenças causadas por príons, caracterizadas pelo acúmulo no tecido nervoso de uma proteína infecciosa anormal chamada príon. Este grupo inclui a variante da doença de Creutzfeldt-Jakob, que afeta humanos.

A EEB clássica foi diagnosticada pela primeira vez em bovinos no Reino Unido em 1986, mas provavelmente estava presente na população bovina do país desde a década de 1970 ou antes, de acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Em seguida, foi relatada em 25 países além do Reino Unido, principalmente na Europa, Ásia, Oriente Médio e América do Norte.

Atualmente, como resultado da implementação bem-sucedida de medidas eficazes de controle, a prevalência da EEB clássica é extremamente baixa, assim como seu impacto sanitário global e risco à saúde pública.

A doença pode ser dividida em duas formas, segundo a OIE. A versão clássica ocorre através do consumo de alimentos contaminados. Embora a forma clássica tenha sido identificada como uma ameaça significativa na década de 1990, sua ocorrência diminuiu acentuadamente nos últimos anos, como resultado da implementação bem-sucedida de medidas de controle eficazes, e agora é estimada como extremamente baixa.

Já a versão atípica refere-se a formas de ocorrência natural e esporádica, que se acredita ocorrerem em todas as populações de bovinos a uma taxa muito baixa e que só foram identificadas em bovinos mais velhos durante a vigilância intensiva.

No início dos anos 2000, príons atípicos causadores de vaca louca atípica foram identificados como resultado de vigilância aprimorada para encefalopatias espongiformes transmissíveis. O número de casos atípicos é insignificante, segundo a OIE.

De fato, embora até o momento não haja evidências de que a versão atípica seja transmissível, a ‘reciclagem’ do agente da vaca louca atípica não foi descartada e, portanto, medidas para gerenciar o risco de exposição na cadeia alimentar continuam a ser recomendadas como medida de precaução.

 

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