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Prefeito investigado renuncia e vice assume prefeitura do Sul

Márcia Roberg Cargnin é a nova prefeita de Capivari de Baixo, após a renúncia do prefeito Dr. Vicente Corrêa Costa

Márcia Roberg Cargnin (PP) foi empossada na noite desta segunda-feira, dia 17, como prefeita de Capivari de Baixo. A mudança ocorreu aproximadamente duas horas após o pedido de renúncia do ex-prefeito Dr. Vicente Corrêa Costa (PL), ser protocolado na Câmara de Vereadores pelo seu advogado Eduardo Faustina da Rosa.

No comunicado entregue à presidente da Câmara de Vereadores, Bia Alves, e aos demais parlamentares, Vicente explica que tomou a decisão por se sentir uma figura fantasmagórica assombrando os legisladores e o Paço Municipal. Diante do atual cenário ele resolveu deixar o cargo.

Ao receber o documento por volta das 17 horas, a presidente da casa, Bia Alves, leu a carta de renúncia na sessão ordinária desta segunda-feira e declarou vago o cargo de prefeito. O decreto com o termo de renúncia deverá ser publicado no Diário Oficial do município. Entre outros desafios, Márcia assume a prefeitura com a missão de estabelecer projetos de gestão na saúde, educação, social e infraestrutura.

Dr. Vicente Corr̻a Costa renunciou ao cargo de prefeito РFoto: Divulga̤̣o/C̢mara

Vicente está detido no Presídio Santa Augusta, em Criciúma. A detenção ocorreu no dia 2 de fevereiro na Operação Mensageiro, que apura um esquema criminoso no setor de coleta e destinação de lixo em várias prefeituras de Santa Catarina, prendeu, ao todo, 16 prefeitos, vice-prefeito e funcionários das prefeituras. Em abril, o ex-chefe do Executivo municipal virou réu na investigação. Além do ex-gestor da cidade termelétrica, políticos e servidores de Tubarão, Imaruí e Pescaria Brava também foram presos.

No último dia 22, o advogado de Vicente, Eduardo Faustina da Rosa, protocolou o pedido de revogação da prisão do ex-prefeito no Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ/SC). No documento Vicente assegurava que renunciaria ao cargo em até 48 horas, após a sua soltura. Com a possibilidade de liberdade, ele poderia ficar com a imposição de algumas medidas cautelares diversas, sob pena de ser decretada nova detenção.

Entre as medidas estavam: proibição de contato com réu/investigado, com representantes de empresas que tenham contato com o poder público, testemunhas da operação, monitoramento eletrônico e acesso às dependências da administração pública do município. De acordo com o advogado, o ex-prefeito é réu primário e os crimes imputados a ele não constituem emprego de grave ameaça ou violência.

Caso seja posto em liberdade, o advogado afirma que não há como Vicente prejudicar a produção de prova testemunhal ou realizar prática delitiva. Ele também afirmou que o ex-gestor não pretende ter qualquer contato com o grupo empresarial e os agentes públicos investigados. Vicente é médico pediatra e em breve almeja voltar a exercer a sua função na área da saúde.

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