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Podemos perde Bornhausen por alinhamento com Moisés

No final da tarde desta segunda (7), quando o ex-deputado Paulo Bornhausen assinava a desfiliação do Podemos, o presidente estadual da sigla, o ex-prefeito Camilo Martins se reunia com o governador Carlos Moisés, na Casa d’Agronômica, uma síntese de causa e efeito na política catarinense.

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Opositor desde sempre à aproximação do partido com Moisés, Bornhausen não aceitava o cerco se fechar, tanto da cúpula estadual quanto da federal que pretendem seguir com o governador no projeto à reeleição.
Curiosamente, Camilo, o presidente catarinense do Podemos, não se manifestou sobre a decisão de saída de um dos nomes mais influentes do partido, tampouco respondeu a mais de seis ligações disparadas pela coluna ao longo do dia.
Bornhausen, não de hoje, fez movimentos às claras, não concordava com o desenho nem com as conversas encaminhadas pelo governador.

E o Moisés
A rachadura no Podemos deverá passar pela avaliação de uma teimosa articulação feita por Moisés em direção ao Republicanos, o mesmo pré-candidato à reeleição que ignorou acenos dos MDB e do PP, que trariam PSD e PSDB juntos.
O governador tem sido influenciado pelo ex-vereador de dois mandatos Lucas Esmeraldino, de Tubarão, hoje secretário de Articulação Nacional e que já foi presidente estadual do PSL (agora União Brasil), e a deputada estadual de primeiro mandato Paulinha da Silva, duas vezes prefeita de Bombinhas, que, depois de catapultada do PDT, procura uma sigla para se filiar.
Não lhes faltam vontade e disposição, porém carecem de porte para um embate deste porte, enquanto quem deveria ser ouvido, dentro da Casa Civil, foi ignorado.

Limites
Na avaliação de Paulo Bornhausen, ele trouxe gente maior do que o Podemos para dentro da sigla: os prefeitos Mário Hildebrandt, de Blumenau, e Fabrício Oliveira, de Balneário Camboriú.
Não sabe avaliar ainda se ambos, assim como outros tantos, devem segui-lo na retirada, mas pretende ouvir os amigos e principalmente o pai, o ex-governador e senador Jorge Bornhausen, o grande conselheiro, para definir a próxima filiação, que deve ocorrer não no prazo final, dia 2 de abril, mas nos próximos dias.
Bornhausen, que mantém a pré-candidatura a deputado federal, tem convites do União, de Gean Loureiro, a quem o ex-deputado faz elogios sobre a capacidade de aglutinação, articulação e a resiliência; do PSD e até do PSDB, sugerido pelo ex-governador Leonel Pavan.

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