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Operação Mensageiro avança e abertura de CPI ganha musculatura

Deputado Sargento Lima (PL) em busca das assinaturas necessárias para abertura da CPI / Foto: Rodolfo Espínola / Agência AL

Aos poucos estão sendo reveladas informações do esquema da organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo em diversas regiões e que escandaliza Santa Catarina. Nesta última terça-feira, alguns números, embora ainda não oficiais, deram uma real noção de como o sistema ocorria. Estimados mais de R$ 100 milhões circularam em forma de distribuição de propina, e perto de R$ 430 milhões teria sido o lucro ilícito da empresa envolvida. Um prejuízo gigante aos cofres públicos. O lado positivo tem sido a celeridade dos agentes do GAECO, do GEAC, e do MP/SC. Tanto, que já na próxima semana já devem oferecer denúncia contra os prefeitos acusados.

Penso que a instauração da CPI não será difícil

Imagem divulgação / MPSC

Imagino que não será difícil a coleta das 14 assinaturas necessárias para a instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), na Alesc, proposta pelo deputado Sargento Lima (PL), exatamente para apurar os passos do que vem ocorrendo nos municípios, em ações já concretizadas pela Operação Mensageiro. No entanto, um passo desses também mexe com partidos e com aliados nos municípios, muito embora, a população queira saber, e isso independe de o deputado Lima ganhar dividendos e holofotes. Trata-se de um processo que vai incomodar diversas cabeças da política do Estado, pois, pode escancarar participações de servidores, e por certo, expor ainda mais prefeitos de renome, como Antonio Ceron (PSD), de Lages, e Joares Ponticelli (PP), de Tubarão. Sendo assim, no andar das investigações correligionários deverão ser atingidos, e regionalmente pode respingar em pessoas que a gente nem imagina, e até mesmo em gabinetes do Parlamento. Seja como for, os deputados estão em uma situação melindrosa, mas ao mesmo tempo, diante de uma necessidade, em que a população vai querer respostas. Não terão como negar a abertura da CPI, sem criar suspeitas ou manchar a reputação. Enquanto isso, em Lages, o processo está encaminhado na Câmara de Vereadores. As seis assinaturas para abertura de CPI para investigar os contratos terceirizados com a Semasa, estão garantidas, e o requerimento pronto para ser protocolado.

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