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Na política, o “carnaval” começou bem antes da hora

Pelo lado da brincadeira, temas políticos inspiram fantasias. Foliões abusam da criatividade. Foto: Paulo Paiva/ Jornal Diário de Pernambuco

Brasil, “terra do samba”. Por quatro dias o povo se sacode na alegria do Carnaval. Justo. Segue uma tradição. Momento para esquecer as mazelas políticas e cair na folia. O problema será acordar na quarta-feira de cinzas e se dar conta que precisa voltar à realidade. Contextualizo meu pensamento, dizendo que todos estamos dançando um enredo também na política. O difícil é saber qual será a nota final. Os “mestres-salas” politiqueiros foram definidos pelo voto em meio às desconfianças. Isso em todas as “alas”, de deputado a presidente. Um contorcionismo obscuro se desenrola nas “passarelas” dos três poderes, sem qualquer avaliação positiva, exatamente pela falta de uma boa afinação no enredo das intenções, e nos desfiles da enganação.

Em meio à folia da Festa do Rei Momo nas ruas, a percepção é de outra folia vem se desenrolando no campo político há muito tempo; sem que tenhamos a certeza de que lá na frente, os verdadeiros carnavalescos terão motivo de voltar às ruas, para novamente vestir as fantasias e extravasar na brincadeira. Eis a reflexão. Tirando a beleza do Carnaval, é preciso lembrar que vivemos tempos nebulosos. E, se formos olhar seriamente para a face política, desenhada a partir do último pleito, certamente o desfile principal, olhando o lado do povo, seria no “Bloco da Amargura”. Enfim. Pena que o simbolismo e a alegria do Carnaval são passageiros.

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