Deputada Paulinha, a Ășnica mulher a integrar a Mesa Diretora da Alesc
Paulinha aponta que a Mesa Diretora da Alesc carrega o desafio de dialogar, especialmente com o Executivo (Foto: Rodolfo EspĂnola / AgĂȘncia AL)
Para dimensionar a densidade da formação da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, a observação de que praticamente todos os partidos estĂŁo nela representados. A composição teve como base a articulação que culminou com a eleição de Mauro De Nadal, na presidĂȘncia. Como bem disse, a deputada Paulinha (Podemos), um dos maiores desafios na Mesa Diretora serĂĄ a promoção de um diĂĄlogo efetivo entre os poderes para Santa Catarina avançar. Esta, pelo menos, foi a argumentação do dia em que a Mesa se formou, e foi eleita. Sim, nobre deputada. Este o desafio, o diĂĄlogo entre o Parlamento e os Poderes, e muito em especial com o Executivo, de forma colaborativa, e dando prioridades Ă s pautas dos catarinenses. Faço o registro de que a deputada Paulinha foi a Ășnica parlamentar mulher a integrar a Mesa Diretora da 20ÂȘ Legislatura, na responsabilidade de 1ÂȘ secretĂĄria. Ela bem lembrou que estĂĄ seguindo os passos de Antonieta de Barros, a Ășltima mulher que exerceu esse cargo. Gostei da expressĂŁo usada por ela, ao se referir Ă sua assunção ao cargo na Mesa: âFoi como se deixasse de sentar na mesa das crianças e agora fosse convidada para sentar Ă mesa dos adultosâ.
Primeiros projetos da nova legislatura
Os deputados da nova legislatura da Alesc estĂŁo começando os trabalhos com efetividade e mostrando a que vieram. Nas poucas sessĂ”es ordinĂĄrias jĂĄ realizadas, vĂĄrias propostas foram lidas no Expediente e jĂĄ estĂŁo aguardando a definição das comissĂ”es para serem analisadas. SĂŁo 10 os projetos de lei (PL), jĂĄ protocolados neste ano, alĂ©m de 26 mensagens de veto encaminhadas pelo Poder Executivo, referentes a matĂ©rias aprovadas pelo Parlamento no fim do ano passado. Entre os projetos destaco trĂȘs deles que dizem respeito ao combate Ă violĂȘncia contra a mulher. O PL 1/2023, da deputada Paulinha (Podemos), estabelece o programa âNĂŁo se calemâ nas casas noturnas, casas de shows e espaços de eventos no estado. O objetivo Ă© criar um protocolo para amparar mulheres em possĂvel situação de abuso sexual ocorrido nas dependĂȘncias desses estabelecimentos. O PL 3/2023, da deputada Ana Campagnolo (PL), dispĂ”e sobre a comunicação externa dos casos de violĂȘncia contra a mulher Ă s autoridades policiais em Santa Catarina. A intenção da proposta Ă© que os casos sejam comunicados para as autoridades policiais, visando Ă elaboração de boletim de ocorrĂȘncia. Conforme a deputada, isso colaborarĂĄ com a rede de proteção Ă mulher e tornarĂĄ as estatĂsticas sobre violĂȘncia mais transparentes. E um terceiro, de autoria do deputado JessĂ© Lopes (PL), o PL 6/2023 assegura Ă s mulheres o direito de acompanhamento em consultas e procedimentos mĂ©dicos e obriga a presença de acompanhante em procedimentos que envolvam sedação da paciente.
Outros dois projetos encaminhados
Destaco tambĂ©m o PL 7/2023, do deputado Padre Pedro Baldissera (PT), que institui uma polĂtica estadual de fornecimento gratuito de medicamentos formulados de derivado vegetal Ă base de canabidiol e seus derivados e anĂĄlogos sintĂ©ticos, para fins medicinais. A proposta se baseia em iniciativas semelhantes aprovadas em outros paĂses e no Brasil, como ocorreu recentemente no estado de SĂŁo Paulo. E ainda outro, de autoria do deputado Julio Garcia (PSD), o PL 5/2023, que regulamenta a equoterapia em Santa Catarina. O mĂ©todo consiste numa terapia assistida por cavalos e auxilia principalmente no desenvolvimento de pessoas com deficiĂȘncia. No estado, conforme o PL, sĂŁo 28 centros de equoterapia em atividade.
Comando-Geral da PM propÔe mudanças no fardamento da corporação
O argumento para as mudanças no novo fardamento Ă© de que a PolĂcia Militar irĂĄ economizar R$ 2,73 milhĂ”es. Sendo assim a inovação objetiva a melhorias nas especificaçÔes tĂ©cnicas e funcionais, no conforto ao policial e na estĂ©tica do conjunto do uniforme.
A principal mudança Ă© a extinção das coberturas de gorro com pala (o bonĂ©) e o gorro sem pala (o bibico). Ambos serĂŁo substituĂdos pela boina na cor cĂĄqui, e o coturno que deixa de ser preto e passa a ser tambĂ©m na cor cĂĄqui. A boina poderĂĄ ser usada, tambĂ©m, em conjunto com o uniforme formal (tĂșnica cĂĄqui). Por outro lado, o novo comandante-geral da PMSC, coronel AurĂ©lio JosĂ© Pelozato da Rosa, reforçou a ideia a partir de pesquisa iniciada atravĂ©s de uma busca nas Forças Especiais de todo o mundo, naquelas que possuĂam os melhores uniformes e equipamentos. Um dos exemplos Ă© o uniforme usado pelas Forças Especiais, uma das mais respeitadas. O Ășnico questionamento tem sido o fato de fazer investimentos nesse quesito, justamente num momento em que o caixa do Governo requer muita atenção.