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Pais acusam creche da Afasc de negligência, após criança voltar gravemente ferida por mordidas

Pais ainda não obtiveram repostas por parte dos responsáveis por Centro de Educação Infantil, no bairro Próspera

Há quatro dias os pais do pequeno Augusto Faraco Severo, de 1 ano e 2 meses, João Vitor Severo Santos e Marina Silva Faraco, sofrem com as dores de ver um filho agredido e com a angústia de uma resposta do que possa ter acontecido com o garoto na quinta-feira, dia 18, no Centro de Educação Infantil (CEI) da Associação Feminina de Assistência Social de Criciúma (Afasc) Lino Pizzetti, no bairro Próspera, em Criciúma.

A criança, que frenquenta de forma integral da creche desde fevereiro, voltou para a casa com o rosto cheio de mordidas. O pequeno foi deixado pela manhã, como de costume, entretanto, por volta das 15h, os pais foram chamados até o local, para buscá-lo sem que o assunto fosse detalhado no telefonema. “A diretora preferiu não discutir o assunto por telefone e informou que Augusto havia sofrido algumas mordidas no rosto. Inicialmente, os pais não se alarmaram, pois, apesar de Augusto nunca ter sido mordido, sabiam que tais incidentes são frequentes em escolas. No entanto, a situação era grave. Quando chegou para buscar o menino, ela viu que até mesmo as funcionárias do CEI, que deveriam estar preparadas para lidar com esses casos, estavam chorando e visivelmente abaladas. O estado do rosto de Augusto era assustador”, relatou a advogada que cuida dos pais, Larissa Deolindo Apolinário.

 

 

Aos pais, segundo Larissa, os responsáveis pelo CEI, disseram que a professora havia saído para entregar outro aluno aos pais e ao voltar, encontrou Augusto chorando e com várias mordidas no rosto. Os pais acusam negligência por parte dos responsáveis da creche. As mordidas teriam acontecido por volta das 12h45 e a mãe só foi chamada duas horas depois. “Até agora, eles não têm certeza do que realmente aconteceu, pois os ferimentos no rosto de Augusto não parecem ser consistentes com um ataque rápido de outra criança. Parece que as crianças ficaram sozinhas por muito mais tempo do que foi relatado. Segundo o Regimento da Afasc, em caso de qualquer acidente dentro da escola, como por exemplo as mordidas, os pais devem ser localizados no mesmo momento. Eles deixaram passar mais de duas horas para avisar os pais. Não se sabe o que aconteceu nesse meio tempo, como a criança ficou, quem prestou os cuidados a ele, se foi usado algum medicamento para as feridas”, afirmou.

De acordo com a advogada, um Boletim de Ocorrência foi registrado, especialmente devido à gravidade das lesões em uma criança que ainda não fala e, portanto, não pode explicar o que realmente aconteceu. “Os pais também procuraram a Afasc, que se comprometeu a investigar os fatos e esclarecer os acontecimentos, mas ainda não tiveram nenhum retorno oficial”, destacou. O garotinho também passou por exame de corpo delito, além de avaliação pediátrica e os pais aguardamo o resultado dos exames e a manifestação da Afasc para decidir o que será feito adiante. “É evidente a falta de preparo dos profissionais de educação desse CEI para lidar com tais situações. Além disso, o que mais causou espanto e indignação é que esse incidente não é isolado.  Outras mães relataram situações similares, indicando que é um problema mais comum do que deveria ser”, sublinhou.

O que diz a Afasc

A reportagem do Portal Litoral entrou em contatato com a Afasc e foi informada pela assessoria de imprensa de que nesta segunda-feira, dia 22,  a direção da Afasc e a equipe do Departamento de Educação Infantil, fazem uma renião para finalizar o caso e após será emitida uma nota.

  • As imagens do menino foram divulgadas pelo Portal Litoral Sul com a permissão dos pais e da advogada do casal.
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