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Padaria chama bolo de chocolate de “afrodescendente”

Estabelecimento explica que a mudança ocorreu após receber um ofício

O bolo de chocolate foi chamado de “bolo afrodescendente” em uma padaria na Zona Sul de São Paulo. O caso viralizou nos últimos dias e gerou polêmica nas redes sociais. No Instagram, o estabelecimento comercial explicou que a mudança ocorreu após receber um ofício.

Em agosto do ano passado, foi enviado um documento recomendando cuidado ao usar certos nomes em receitas. O texto leva a assinatura do Sindicato dos Industriais de Panificação e Confeitaria de São Paulo, da Associação dos Industriais e do Instituto de Desenvolvimento de Panificação e Confeitaria.

Ofício encaminhado em agosto de 2021 aos comerciantes

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As entidades citam títulos tradicionais que já não seriam mais tolerados, como “teta de nega”, “nega maluca”, “língua de sogra”, “maria mole”, entre outros. Analisam ainda que o “que era visto até com simpatia, hoje não é mais aceito e pode levar a constrangimentos e acusações de crime racial, machismo, preconceito, etc.”.

A partir dessa recomendação, a padaria trocou o nome do doce para “bolo afrodescendente” e publicou uma mensagem dizendo que “está sempre em constante evolução para se adequar às mudanças, sendo assim um lugar democrático, onde não há espaço para racismo”.

Nessa quarta- feira, dia 16, o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, fez um post nas redes sociais com a foto do bolo que viralizou, ironizando o assunto. “Querem criminalizar bolos. Isso precisa acabar”, escreveu. “Temos uma relação de afeto com esses doces. Fazem parte das nossas vidas. Basta de tanto mimimi. Ninguém aguenta mais.”

Fonte: Metrópoles

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