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“O governo ainda não mostrou a que veio”, afirma Carlos Moisés

A entrevista foi concedida para o Portal Litoral Sul nesta quinta-feira, durante uma realizada na ACIT

Em entrevista concedida à reportagem do Litoral Sul nesta quinta-feira, o ex-governador Carlos Moisés falou sobre as eleições em Tubarão, o pedido de empréstimo feito às pressas pelo governador na ALESC e também fez uma avaliação sobre esses dois anos da gestão Jorginho Mello.

Sobre as eleições, Moisés apontou o trabalho que vem fazendo junto à chapa Carlos Stüpp – Dr. Jean: “Estamos trabalhando firmes na campanha. Acho que o tubaronense reconhece o trabalho do Carlos e conhece a pessoa do Dr. Jean também. Estamos falando de pessoas, especialmente o Carlos, que já passou pela gestão, já fez e mostrou que sabe fazer. Não é uma aventura. Eu entrei nesta campanha convicto de que Carlos Stüpp e Dr. Jean são a melhor opção para Tubarão”, afirmou o ex-governador.

Sobre a disputa com o PL, sem citar o nome do candidato Estener Soratto, Moisés discorreu sobre a importância da cidade ter um deputado representando o município na ALESC: “Tubarão não pode perder um deputado estadual. Você imagina, de 295 municípios que há em Santa Catarina, perder um deputado estadual escolhido entre quarenta é uma responsabilidade muito séria. O tubaronense não gosta de ser enganado; é um eleitor agudo, que entende o que está fazendo. Precisamos unir nossas forças, não por projetos pessoais, mas pelo melhor para Tubarão e para Santa Catarina”, concluiu.

Nesta semana, o Governo Estadual enviou à Assembleia Legislativa um pedido de empréstimo de mais de R$1 bilhão. Sobre o tema, Carlos Moisés comparou a gestão atual com a sua, exaltando a superação das dificuldades da pandemia e a diminuição do déficit: “Algo muito rápido, né? Regime de urgência, votação, aprovação nas comissões… Tenho dito que assumi o Governo do Estado com R$20 bilhões de dívidas e conseguimos baixar para R$12 bilhões, ou seja, pagamos R$8 bilhões em quatro anos de mandato, mesmo em pandemia, mesmo com todas as dificuldades, tendo que investir fortemente na saúde dos catarinenses para enfrentar a pandemia. Conseguimos fazer tudo isso e fizemos o governo mais municipalista da história de Santa Catarina. Então, é autoexplicável, né?”, apontou o ex-governador.

Ele ainda prosseguiu alfinetando a gestão atual, afirmando que a gestão de Jorginho Mello ainda não mostrou a que veio: “Só olhar nossa trajetória, o nosso governo é absolutamente incomparável com qualquer outro que se assemelhe ou que esteja hoje no poder, porque você está pegando dinheiro para deixar para as futuras gerações pagarem, e o governo ainda não mostrou a que veio. São mais de 400 obras paradas em todo o Estado de Santa Catarina; aqui em Tubarão, temos um exemplo clássico da paralisação, a Aggeu Medeiros, mas isso aconteceu em todo o Estado.”

Carlos Moisés conclui retornando a um antigo tema que já foi motivo de discussões entre o ex-governador e membros da gestão atual, a situação do Estado durante a passagem de governo: “O governo mente; esse governo mente dizendo que recebeu o Estado em déficit. Era um superávit de R$5 bilhões com déficit de R$1,5 bilhão, o que deu um superávit de R$3,5 bilhões. Hoje está com o cofre cheio de dinheiro e não investe para melhorar a vida das pessoas.”

Sobre seu futuro na política e os rumores de que iria para o Senado Federal, Carlos Moisés, em tom de brincadeira, desmentiu todos: “Só não combinaram comigo”, explicou rindo.

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