“Nós também somos vítimas desse caso”, afirma prefeito de Cocal do Sul

Um professor, de 34 anos, da Escola de Ensino Fundamental Demétrio Bettiol, em Cocal do Sul está preso desde a última sexta-feira, dia 26, no Presídio Santa Augusta, em Criciúma. O homem é investigado por suspeita de estupro de vulnerável, contra alunas dos segundos e terceiros anos, entre oito e nove anos de idade. A pena pelo crime de estupro de vulnerável é de oito a 15 anos de reclusão, considerado crime hediondo.

A evolução do caso foi divulgada na tarde desta segunda-feira, dia 29, em coletiva realizada na Prefeitura de Cocal do Sul, com a presença do prefeito Fernando de Fáveri, do delegado da Polícia Civil de Cocal do Sul, Márcio Campos Neves, o vice-prefeito e secretário de assistência social, Erik Pereira Zeferino e o secretário de Educação, Luis Carlos de Melo.

Conforme o delegado responsável pelo caso, com a prisão mantida, a Polícia Civil tem dez dias para concluir a investigação e apresentar as provas para que o promotor de justiça possa oferecer a denúncia junto ao Poder Judiciário. “O processo está bem encaminhado, temos uma pessoa presa e os familiares das vítimas, assim como a diretora, estão prestando depoimento. Já as crianças serão ouvidas por meio de uma audiência especial com todo acompanhamento e contato com uma psicóloga. Precisamos atuar de uma forma menos traumática”, disse ele.

Ainda conforme o delegado, o suspeito permanecerá preso durante todo o período de investigação. “Acreditamos que não irá acontecer uma ordem solicitando a sua soltura, óbvio que ele tem advogado e irá recorrer. Mas acredito que não vá acontecer isso, até porque temos notícias de possíveis outros fatos”, contou.

A autoridade policial ainda informou que uma reunião com a administração municipal irá tratar sobre o crime no ponto de vista administrativo. “Passado esse momento de indignação e raiva, agora precisamos atuar com a razão. Os familiares estão orientados a acompanhar, cobrar, fiscalizar e atuar junto com as autoridades para que o fato seja esclarecido da melhor forma possível”, destacou.

“Queremos que a justiça seja feita!”, afirma prefeito Fernando de Fáveri, de Cocal do Sul

“Nosso compromisso é em apoio às crianças, possíveis vítimas desse caso e com a verdade. Queremos que a justiça seja feita e o município não será omisso. Quando recebi a informação na última sexta-feira, a primeira ação foi de exonerar o envolvido e afastar a diretora que é profissional de carreira e concursada. Também buscamos as imagens das câmeras de segurança da escola para encaminhá-las à Delegacia de Polícia. Oferecemos para as famílias apoio psicológico, psiquiátrico e jurídico caso necessitem”, disse o prefeito.

Durante a coletiva, Fernando de Fáveri pediu desculpas aos sul-cocalenses. “Não temos bola de cristal, nós também somos vítimas desse caso. É triste ver a imagem de nosso município numa situação como essa”, ressaltou.

O prefeito ainda informou que uma psicóloga especializada em traumas foi contratada para atuar exclusivamente na escola para realizar um trabalho de acolhimento. Já a vaga da direção ainda não foi ocupada. “Já consultamos dezenas de professores de carreira que não querem assumir, estão com medo. É muito delicado”, lamentou.

Confira como foi a coletiva:

 

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