Está prevista para a terça-feira, dia 5, a chegada ao Porto de Imbituba do primeiro navio com mais de 300 metros de comprimento vindo da Ásia da nova linha de longo curso. A partir desta data, serão realizadas escalas semanais no porto, sempre com navios gigantes, transportando contêineres para atender aos maiores mercados do mundo. Administrado pela SC Par, do governo do Estado, o Porto de Imbituba entrou na escala diante de suas tarifas competitivas e da profundidade local de 15 metros, a maior do Sul do país e uma das maiores do Brasil. O governador Raimundo Colombo vai acompanhar a operação em Imbituba a partir das 14h.
“Essa linha é extremamente importante na movimentação portuária. É uma nova opção para o importador e exportador catarinense e de todo o Sul do Brasil, criando mais uma rota para movimentar a economia. Será muito representativa para o crescimento do Porto de Imbituba. A primeira linha de longo curso é sempre a mais importante, pois abre mercado para outras, o que esperamos que se materialize ao longo do próximo ano”, avalia o diretor presidente da SC Par, Gabriel Ribeiro Vieira.
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A capacidade do Porto de Imbituba é para receber até 500 mil TEUs (unidade de medida do setor portuário) por ano. A expectativa da administração é que apenas a nova linha movimente cerca de 80 mil TEUs por ano. Cinco empresas armadoras vão operar na linha de longo curso: Hamburg –Sud, Hapag-Lloyd, NYK, ZIM e Huyndai.
Serão 13 navios se revezando, sendo que o trajeto completo demora cerca de 90 dias, saindo de Busan, na Coreia do Sul, e passando por países como China, Singapura, Malásia, Argentina e Uruguai, além do Brasil, antes de retornar para Coreia do Sul. No total, são 19 portos atendidos. Em Santa Catarina, os navios atracarão em Imbituba e também em Itapoá. “Fazem parte da linha os navios com 336 metros de comprimento, os maiores navios que rotineiramente atracam na costa brasileira e os maiores navios que já atracaram na costa catarinense”, destaca Vieira. O diretor presidente da SC Par lembra que a nova linha vai beneficiar a exportação de toda a indústria catarinense que pode ser enviada por contêineres, em especial setores como o cerâmico e o madeireiro.