Na segunda etapa da viagem, comitiva catarinense busca conexões em Singapura
Reitores e pró-reitores de 19 Instituições de Ensino Superior do estado fazem parte do grupo que busca conexões internacionais no continente asiático
Em uma intensa agenda de visitas em uma verdadeira imersão na cultura japonesa, a comitiva catarinense que participa da Missão Internacional liderada pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) e pela Associação Catarinense das Fundações Educacionais (Acafe) leva boas perspectivas de parcerias. Nesta segunda-feira, 21, inicia a segunda etapa da viagem, desta vez buscando conexões em Singapura.
Na semana de atividades no JapĂŁo a comitiva visitou a Universidade TecnolĂłgica de TĂłquio, a Embaixada do Brasil na cidade, o Instituto TecnolĂłgico da AgĂŞncia de Cooperação Internacional do JapĂŁo (JICA), o MinistĂ©rio da Educação, da Cultura, dos Esportes, da CiĂŞncia e da Tecnologia do JapĂŁo, a Universidade de Chukyo e a Universidade de Quioto, instituições com as quais foi possĂvel iniciar conversas de parcerias em pesquisa e intercâmbio de alunos desde o nĂvel de graduação atĂ© possibilidades de pĂłs-doutorado.
Estruturas de incentivo a startups que colocam o JapĂŁo entre os paĂses que mais tĂŞm investido na área; inovações em armazenamento de acervos de biblioteca; estruturas de treinamento para excelĂŞncia acadĂŞmica aliada Ă excelĂŞncia no esporte; cases de pesquisa e áreas nas quais Ă© possĂvel estreitar relações e promover colaborações entre pesquisadores.
A recepção presencial do grupo de lideranças das IES, conforme a reitora da Unesc e vice-presidente da Acafe, Luciane Bisognin Ceretta, mostrou a forma como o paĂs está, de fato, aberto a parcerias a partir da MissĂŁo. “Este primeiro momento em TĂłquio, Nagoya e Quioto no JapĂŁo foi fantástico. As experiĂŞncias, a troca de conhecimentos, as vivĂŞncias, as possibilidades de cooperação cientĂfica entre Santa Catarina por meio das universidades com as instituições do paĂs já nos sinalizam muito positivamente. Estou muito certa de que ao retornar ao Brasil elaboramos cartas de compromisso e faremos as parcerias para ampliar a ciĂŞncia, a tecnologia e inovação e os processos de ensino e pesquisa no nosso estado e no Brasil”, destacou.
A cada encontro novas conexões foram possibilitadas para o futuro que, para o reitor da Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac), Kaio Henrique Coelho do Amarante, promete ser de grandes mudanças para a pesquisa catarinense. “É um momento que o JapĂŁo está abrindo novamente suas fronteiras e as nossas universidades estĂŁo pensando em ampliar as suas conexões. Essa relação entre as universidades de Santa Catarina, do JapĂŁo e atĂ© mesmo o governo japonĂŞs tem muito a crescer. Percebemos alinhamento entre aquilo que acreditamos ser a linha a seguir e o que eles já vĂŞm fazendo, entĂŁo nĂŁo temos dĂşvidas de que os prĂłximos meses serĂŁo de muito trabalho de ainda mais aproximação, entendendo um futuro brilhante para os dois paĂses”, pontuou.
Os resultados da missĂŁo, para o presidente da Fapesc, Fábio Holthausen, já se mostram extremamente promissores. “Essa Ă© a etapa inicial de um processo de criação de relações dentro do ecossistema de pesquisa e inovação que irá gerar resultados com inĂcio das cooperações com impacto a longo prazo para a pesquisa e inovação em Santa Catarina. Será um novo momento”, aponta.
Recepção calorosa e case de inspiração para novos cientistas
Na Ăşltima das agendas, na sexta-feira, 18, na Universidade de Quioto, a segunda maior do paĂs, o grupo foi recebido pelo doutorando Matheus Mello. Natural de FlorianĂłpolis e egresso do curso de FĂsica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o jovem está há um ano no JapĂŁo por meio de uma bolsa apĂłs ter, de 2015 a 2016, cursado um ano de FĂsica na Universidade de Nagoya com subsĂdio de uma bolsa do Governo Federal.
Destaque de iniciação cientĂfica desde o inĂcio da graduação, Matheus foi bolsista de mestrado por meio da Fapesc e diz que a educação mudou sua histĂłria de vida, garantindo estar disposto a apoiar e receber estudantes brasileiros interessados em seguir carreira na pesquisa. “Vai ser um prazer poder, de alguma forma, ser ponte entre pesquisadores e grupos de pesquisa brasileiros com a Universidade de Quioto. O JapĂŁo tem uma qualidade de vida muito significativa e muitas portas abertas para a ciĂŞncia, possibilitando que eu me dedique a ela com as condições necessárias para isso. O que eu puder fazer para isso, trocando ideias, incentivando e orientando, farei, pois sei que a educação transforma de verdade”, salientou, contando tambĂ©m sua parte de sua trajetĂłria de vida e os caminhos percorridos atĂ© chegar no sonhado doutorado no paĂs.
ApĂłs intensa agenda, no final de semana o grupo se deslocou para a segunda etapa da missĂŁo internacional. Nesta segunda-feira, 21, a agenda em Singapura inicia com a visita Ă Universidade TecnolĂłgica Nanyang, seguida de visita Ă startup 2DMsolutions.