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“Mercadores da Morte”: MP emite nota sobre operação do Gaeco em Criciúma

Gaeco cumpriu 20 mandados de busca e apreensão

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) se manifestou em nota sobre a operação realizada na manhã desta terça-feira, dia 28, na Central Funerária e Prefeitura de Criciúma. A ação, denominada “Mercadores da Morte”, cumpriu 32 mandados de busca e apreensão a fim de apurar suposto crime contra a ordem econômica, conhecido como cartel, crime na relação de consumo e crime contra a paz pública.

Participam da operação 118 Policiais que integram o Gaeco e os mandados estão sendo cumpridos em Florianópolis, São José e Criciúma. Foram apreendidos mais de R$ 200 mil em dinheiro, mais de 340 mil em cheques, mais de 2 mil dólares, documentos relacionados a edital de concorrência pública, documentos relacionados a renovação, celulares, entre outros.

De acordo com o promotor de Justiça Wilson Paulo Mendonça Neto, quando as pessoas procuravam os serviços funerários, não tinham a opção de escolha da empresa responsável em prestar o serviço. “O que chama a atenção é que as pessoas são pegas justamente em um momento extremamente triste, quando perdem um familiar e estão em um momento que acabam sendo, muitas vezes, enganadas como consumidoras na prestação deste serviço. As investigações indicam que existe uma dificuldade muito grande na escolha e se faz um revezamento entre algumas funerárias, não permitindo a livre escolha”, explica o promotor em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira, dia 28. Acompanhe abaixo a entrevista completa:

A operação foi deflagrada nesta manhã e teve a participação do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), em apoio à 29ª Promotoria de Justiça da Capital e à 6ª Promotoria de Justiça de Criciúma. O procedimento investigatório criminal foi instaurado em 2022 e desde então a 29ª Promotoria de Justiça da Capital vem apurando supostas irregularidades envolvendo a prestação de serviços funerários.

Segundo a apuração, o esquema teria começado em Florianópolis e estaria se expandindo para Criciúma, utilizando o mesmo modus operandi. Empresas do ramo funerário estariam estabelecendo regras e valores superfaturados dos serviços e juntas estariam controlando os preços para que não haja concorrência.

Gaeco  

O Gaeco é uma força-tarefa composta, em Santa Catarina, pelo Ministério Público de Santa Catarina, pelas Polícias Militar, Civil, Penal, Polícia Científica e Rodoviária Federal, pela Receita Estadual e pelo Corpo de Bombeiros Militar e tem como finalidade a identificação, prevenção e repressão às organizações criminosas.

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