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MDB não é os Correios mas manda uma carta por dia

O momento do MDB parece uma corruptela da expressão “dar as cartas”, mas não no sentido de distribuir o material do jogo e sim mandar correspondências aos filiados, sinal de que nem o prefeito Antídio Lunelli, proclamado candidato ao governo, nem o presidente Celso Maldaner têm a menor certeza de que a manobra imposta terá o apoio nas entranhas da sigla.
Curioso é observar que tanto um quanto o outro, os maiores defensores das prévias, usam a não realização da disputa como um elemento de comemoração, aglutinação das tão faladas bases, embora até os postes saibam que a desistência do senador Dário Berger e do deputado Valdir Cobalchini não tenha qualquer ação por parte do prefeito e do deputado.

Em detalhes 1

Antídio agradeceu o gesto de Dário e Cobalchini, provocado pela bancada estadual, dois ex-governadores, prefeitos e vices, e veio com um discurso rebuscado de pregação por uma gestão semelhante a empresarial, quando o Estado e o Poder público como um todo não visam lucro e atendem sim as necessidades da sociedade.
Outro ponto genérico, sem qualquer especificação de fato e efeito, é a alegação de que a população catarinense enfrenta vários problemas, mas isso é uma questão global igual a tantas quando não se ataca o ponto.

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Em detalhes 2
Celso Maldaner fez uma apologia ao ser emedebista, o Manda Brasa ressuscitado, algo que deverá ser confrontado devido ao racha que se avizinha depois do desgaste das prévias não ocorridas.
E, em nenhum momento, embora elogie “a maior bancada do país”, citou o deputado Valdir Cobalchini, o que denota ressentimento.
Por tudo isso, as missivas que passaram a fazer parte do cotidiano emedebista, e não se sabe quem será o autor da próxima – que tal os deputados nada satisfeitos – são elementos de uma questionável campanha de autoajuda, no caso a encampada pelos “consultores” ou “coachs” Antídio e Celso.
Ah, esqueceram que esta história de documento está ultrapassada, manda um WhatsApp que funciona melhor.

Enquanto isso

O deputado Valdir Cobalchini se encontro na quinta (17) com o governador Carlos Moisés, na Casa d’Agronômica, o que significa que a relação entre parlamentares emedebistas não sofreu abalos por conta da escolha de Antídio.
O teor da conversa não vazou, mas é fácil especular que as portas ainda estão abertas à filiação no MDB, por parte do mesmo grupo que provocou a desistência nas prévias.
Em retribuição, o governador rasgou elogios à parceria do parlamento, como um todo, na aprovação do novo piso salarial regional.

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