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Kombinei Ser Feliz: casal vende tudo e compra Kombi para viajar o mundo

Babi, Rafa e Gane vão viajar o mundo sobre quatro rodas, levando a casa junto

“Viajar é bom, mas chegar em casa é melhor ainda”. Essa frase é dita por muitas pessoas quando retornam para casa após dias viajando. Ir no próprio banheiro, dormir na própria cama, são coisas que fazem falta quando ficamos longe. Mas, e se a casa for junto no rolê? Ficaria bem melhor, não é mesmo? Essa foi a ideia do casal Cleibiana Seibel, de 45 anos, a Babi, e Rafael Rodrigues Maciel, de 32 anos, o Rafa. Eles venderam tudo o que tinham e investiram o dinheiro na realização de um sonho: comprar uma Kombi  e “botar o pé na estrada”. Os dois chamaram o projeto de “Kombinei Ser Feliz” e farão a aventura acompanhados da cadela de estimação Ganesha, a Gane.

Foto: Caroline Sartori/Portal Litoral Sul

 

Babi é de Nova Venécia (ES) e Rafa de Criciúma, mas os dois se conheceram em Florianópolis, há seis anos, onde moraram por um tempo. A perda de um sobrinho de Babi levou o casal a morar em Vitória. Os planos eram ficar somente alguns meses, mas começaram a trabalhar e acabaram ficando mais. 

Em 2020, assim como o mundo todo, eles foram surpreendidos pela pandemia de Covid-19. “Este foi um momento de muita reflexão em nossas vidas. Pensamos bastante e conseguimos ver o que era prioridade para nós. Foi com isso que decidimos viver o nosso sonho”, relata Babi.

Foi assim que o casal decidiu vender tudo o que tinha, comprar uma kombi e viajar pelo mundo. A decisão foi tomada aproximadamente em julho de 2021. Os dois se programaram e em dezembro do mesmo ano, saíram dos trabalhos. 

Em 2022 a vida nova do casal começou e também a busca por uma kombi. Depois de meses procurando, eles encontraram uma em Alvorada, Rio Grande do Sul. O veículo foi fabricado em 1995. Se apaixonaram pela kombi de primeira e logo foram buscar. “Olhamos mais de 50 kombis. Foi a fase mais difícil, achar uma que nós gostássemos”, conta Babi. 

Início da transformação

Depois da compra do veículo, começou a transformação da kombi. O casal tinha o desafio de converter o veículo em uma ‘kombi casa’. Com muita força de vontade, Rafael foi o responsável por todo o serviço. Restauraram todo o motor, fizeram pequenos reparos na lataria, aumentaram o teto e construíram os móveis embutidos.

A kombi foi equipada com fogão, cafeteira, frigobar, armários, cama que vira mesa e cadeiras e todos os utensílios necessários, tudo compactado em 4,6 metros quadrados. Cada detalhe foi pensado e planejado com carinho pelo casal. Rafael executava os trabalhos e a Babi era a ajudante. A Gane, uma poodle de 12 anos, é a companheira do casal em todas as aventuras.

“Realizamos um trabalho em equipe. Projetamos e executamos tudo juntos. E tudo foi feito com equipamentos que tínhamos em casa, nada de ferramentas compradas. O máximo que fizemos foi trocar algo que já tínhamos por outra coisa que precisávamos”, explica Rafa.

O teto da kombi foi aumentado para proporcionar mais comodidade ao casal, assim eles podem ficar em pé no veículo. Rafael também fez a instalação elétrica, hidráulica e isolamento térmico. 

“Como vamos ficar bastante tempo dentro dela, pensamos em nosso conforto. Sou alta, então se eu tivesse que fazer todas as coisas sentada ou agachada, não seria bom. Então optamos por levantar”, disse Babi. Recentemente, o casal veio do Espírito Santo para visitar a família em Criciúma e Balneário Rincão. Aqui eles permaneceram até o fim da reforma da kombi. 

O nome da Kombi

A kombi branca com azul ano 1995 foi batizada de Bunitinha. E o nome não foi colocado só porque ela é bonita, a escolha tem um significado especial. O pai de Babi era caminhoneiro e era carinhosamente chamado pelos colegas de estrada de Bunitin. 

O veículo ainda não tinha nome, até que um dia Rafa lembrou que a cor do caminhão do sogro era igual ao da kombi. “Ele chegou para mim e perguntou: qual era a cor do caminhão do teu pai? Eu respondi que era azul. E ele novamente disse: a cor não era igual a da nossa kombi? Então vamos chamá-la de Bunitinha”, conta Babi. “Quando ele disse isso, fiquei muito emocionada, pois eu não lembrava da semelhança e gostei muito da ideia”, relata emocionada.

Foto: Caroline Sartori/Portal Litoral Sul

Escolha do nome do projeto “Kombinei Ser Feliz”

O nome “Kombinei Ser Feliz” também tem um grande significado. Quando Babi perdeu um sobrinho, ela combinou no dia do velório que seria feliz, por ela e por ele.

“Quando fui escolher o nome do projeto, lembrei dessa combinação que eu havia feito com meu sobrinho, que era tão jovem e bonito. Tinha uma vida inteira de sonhos a serem realizados pela frente, mas que infelizmente foram interrompidos. Então surgiu o Combinei Ser Feliz, mas trocamos o C pelo K, de kombi”, conta Babi.

De Criciúma para o mundo

Abril foi o mês escolhido pelo casal para iniciar a ‘aventura’. Depois de um check-up médico, eles devem sair de Criciúma, do bairro Poço Um, depois da Páscoa. O primeiro destino que os dois pretendem ir é pela América do Sul, com a última parada na Colômbia. Depois dessa primeira aventura devem decidir para onde seguirão viagem.

“Na verdade não temos um roteiro bem definido. Nossa meta é essa, sair sem muito destino, conhecer lugares, culturas, pessoas e viver muitas experiências”, disse Babi.

Foto: Caroline Sartori/Portal Litoral Sul

 

Para custear as despesas do casal e da cadela, eles contam com algumas parcerias já firmadas e as que pretendem fazer pelo caminho. O dia a dia do “Kombinei Ser Feliz”, será registrado e postado nas redes sociais e em um canal do YouTube. 

A kombi Bunitinha vai carregar muito mais que uma casa pelo mundo afora. Leva a realização do sonho de um casal e uma história de família, repleta de lutas, alegria e amor.

Você pode acompanhar tudo, e até embarcar nessa ‘aventura’ com eles, acessando os links abaixo:

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