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João Doria e Simone Tebet juntos trariam repercussão em SC

Se você fosse candidato à Presidência não se reuniria com outra postulante ao cargo apenas para debater linhas comuns de um programa de desenvolvimento econômico e geração de emprego com tanta gente graúda de seu partido e do dela no mesmo ambiente.

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Pois foi o que fizeram o governador João Doria (PSDB), de São Paulo, e a senadora Simone Tebet (MDB), de Mato Grosso do Sul, que, na última quinta (16), estavam rodeados do presidente nacional dos dois partidos, o tucano Bruno Araújo e o emedebista Baleia Rossi, além do vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, e do secretário de governo em Brasília, Antônio Imbassahy.

Na nota que divulgaram, os dois pré-candidatos ao Planalto, com a ideia fixa de surfar na terceira via, opções a Lula (PT) e Bolsonaro (PL), divulgaram nota em que acentuaram que “firmaram um entendimento de que estão no mesmo campo democrático liberal social na formulação de uma proposta para o Brasil e os brasileiros”.

A construção PSDB e MDB não é inédita em Santa Catarina, perdurou por muito tempo embalado nos dois governos de Luiz Henrique, no primeiro de Eduardo Pinho Moreira e no de Leonel Pavan, uma babel política que também deu espaço ao DEM e, mais tarde, à sua costela, o PSD, de Raimundo Colombo, ou seja, em quatros das últimas cinco eleições gerais.

A diferença é que esta coligação, caso vingue à Presidência ou seja aquela aliança branca, com compromissos no segundo turno, precisa de um nome para alinhavar as diferenças forças no Estado, termo que só não foi firmado pela demora do governador Carlos Moisés em se desapegar, por exemplo, do PP, do qual tem dois votos, com muita vontade três, uma perda pequena no contexto da Assembleia.

Fragmentados

Enquanto o MDB bate a cabeça na parede para saber como sai do imbróglio das prévias, entre Antídio Lunelli, Celso Maldaner e Dário Berger, o PSDB vive um processo de pré-distanciamento, desde que o prefeito Clésio Salvaro declinou de disputar o governo em favor do ex-deputado Gelson Merisio, uma contraposição ao indicado por Doria, o secretário Vinícius Lummertz (Turismo de São Paulo).

Nem emedebistas nem tucanos abrem mão da convicção de que, sem candidato próprio ao governo, deixam as siglas à mercê do governador Carlos Moisés, que, de fato, nada fez para materializar este temor, tampouco sinalizou com a vontade de se filiar a uma das legendas ou ao PP, que também poderia estar no jogo, caso o senador Esperidião Amin não estivesse no centro do mesmo objetivo, segurar a turma.  

Detalhe

Merisio aparece em dezenas de especulações sobre uma eventual saída do PSDB ou de não estar a fim de concorrer ao governo, quadro um pouco diferente de Dário, quase fora do MDB em todas as bolsas de apostas, o que aguçou a curiosidade quando se quis ligar o nome de ambos a um projeto comum no PSB.

Mais seguro e defensor ferrenho das prévias, Antídio disse durante o lançamento do Plano 1000, do governo do Estado, em Florianópolis, que o MDB “ainda cairia” no colo dele, a saber em que condições: em coma a respirar por aparelhos ou em um projeto fracassado como o de 2018, depois de anos do grupo em que estava o deputado Carlos Chiodini, hoje federal, conseguir destronar os líderes Luiz Henrique e Eduardo Pinho Moreira.  

Então tá!

Senador Jorginho Mello (PL) quer que o caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, o Zé Trovão, que se diz líder da categoria, mas muitos negam, e que está preso por atentar contra a democracia a mando do STF ao atender pedido da PGR, seja candidato ao Senado pelo PL.

Isso só significa duas situações: Jorginho tenta agradar, mais uma vez, a turma mais conservadora que apoia Bolsonaro no Estado e que o vendedor Luciano Hang, como prefere ser chamado o dono da Havan, disse não ao senador e ao partido para a disputa na eleição do ano que vem.

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