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A propaganda eleitoral: “Que comecem os jogos”

E agora, realmente, foi dada a largada com direito à divulgação oficial, propagandas, debates, comícios, “santinhos”, enfim, toda a sorte de publicidade.

Mas, e a propaganda, qual o seu papel?

A propaganda é a ferramenta de valorização da pessoa, de suas ideias, ideologia e trajetória. Mas sozinha, sem um respaldo ativo, ela pode cair no descrédito. Por isto, ela deve vir acompanhada de ações.

Uma propaganda bem elaborada deve ter apoio no que é real, nos anseios da comunidade, naquilo que está sendo discutido na atualidade, na honestidade de propósitos; ela precisa aliar este instrumento de marketing ao discurso e atitudes.

Neste sentido, o candidato precisa manter sua postura independentemente de onde esteja; isto impacta diretamente na forma como a propaganda é vista e absorvida. Qualquer ruído contrário já deixará uma pulga atrás da orelha do eleitor.

Não dá para vestir-se, por muito tempo, de algo que não se é; não há propaganda que sustente tamanha fragilidade. Portanto, as ações de marketing precisam encontrar coerência com o perfil do candidato, suas habilidades e seu modo de agir; a melhor estratégia é a que se desenvolve a partir de uma realidade.

A mensagem de uma propaganda eleitoral precisa ser clara, objetiva, sem dar vez para a dubiedade de interpretação.

Uma boa propaganda ficará gravada na mente do público. Assim como, a má propaganda também ficará.

Slogan e símbolos também demandam fácil associação ao candidato.

Você já ouviu um jingle chiclete? Concorda que é impossível deixar de lembrar daquele candidato? Isto é eficiência (às vezes a música é irritante, mas ela cumpre sua função: a de nos fazer lembrar).

A propaganda eleitoral precisa funcionar como uma impulsionadora de interesse e fonte de conexão com o público. Ela não é apenas um protocolo de marketing; ela é fundamental para despertar no eleitor a vontade de conhecer mais aquele que pode ser seu escolhido.

E, para o eleitor, focar sua atenção em algo feito para ele, que privilegia suas necessidades reais e latentes, é sentir-se visto e compreendido.


Aline Savi é advogada, consultora de imagem, especialista em etiqueta e pós graduanda em marketing político e comunicação eleitoral. Nesta coluna semanal fala sobre imagem e comunicação política.
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