Falta remĂ©dio em mais de 80% dos municĂpios do Brasil
Levantamento da Confederação Nacional de MunicĂpios (CNM) feito com 2.469 prefeituras
Levantamento da Confederação Nacional de MunicĂpios (CNM) feito com 2.469 prefeituras mostra cenário do desabastecimento de medicamentos nas cidades. A pesquisa constatou que mais de 80% dos gestores relataram sofrer com a falta de remĂ©dios para atender a população.
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A pesquisa tambĂ©m levantou o nĂşmero de MunicĂpios que optaram pelo retorno da obrigatoriedade do uso de máscaras em razĂŁo do aumento de casos da Covid-19 e de outras SĂndromes RespiratĂłrias Agudas (SRAG).
A CNM sugeriu Ă s prefeituras que alegaram problemas na insuficiĂŞncia de medicamentos para elencar os tipos de remĂ©dios da lista básica de uma listagem prĂ©-estabelecida na pesquisa. Nesse contexto, a falta de amoxicilina (antibiĂłtico) foi apontada por 68% (1.350) dos MunicĂpios que responderam a esse questionamento. A ausĂŞncia de Dipirona na rede de atendimento municipal (anti-inflamatĂłrio, analgĂ©sico e antitĂ©rmico) foi apontada por em 65,6%, ou 1.302 cidades.
A Dipirona injetável esteve na resposta de 50,6% e a Prednisolona, utilizada no tratamento de alergias, distúrbios endócrinos e osteomusculares e doenças dermatológicas, reumatológicas, oftalmológicas e respiratórias, foi destaque por 45,3%. A maioria dos gestores (44,7%) informou que a falta dos medicamentos se estende entre 30 e 90 dias, enquanto 19,7% relataram o problema ser crônico pelo fato de o desabastecimento se estender por mais de 90 dias.
Insumos
AlĂ©m da falta de medicamentos em serviços que cuidam das questões básicas ou menos complexas, a CNM quis saber se faltam insumos nos MunicĂpios, ou seja, seringas, gazes, agulhas e ataduras. Esses materiais sĂŁo de uso de descarte que se relacionam com o cuidado de baixa complexidade. Sobre esse ponto, 28,5% registraram a falta de pelo menos algum desses insumos.
Uso de máscaras
Em função do aumento de registros de novos casos de Covid-19 em todo o territĂłrio nacional e de outros casos de SĂndrome RespiratĂłria Aguda Grave (SRAG), a CNM questionou os gestores sobre se houve decisĂŁo para retornar a obrigatoriedade do uso de máscaras em locais fechados. Responderam positivamente 21,1%. Outros 75,5% disseram que nĂŁo retomaram a exigĂŞncia.