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Estudantes recebem aulas de matemática na atafona do Parque dos Imigrantes

Experiência faz parte do projeto ‘Matemática na Atafona’, organizado pela Secretaria Municipal de Educação de Criciúma

Relacionar matemática à história de Criciúma. Este é o objetivo do projeto “Matemática na Atafona”, desenvolvido pela Secretaria de Educação de Criciúma,  no Parque dos Imigrantes, no distrito de Rio Maina. A ação envolve professores de matemática, pedagogos e alunos de todos os anos do Ensino Fundamental da rede municipal.

O planejamento das aulas na atafona é feito mensalmente pelos professores de cada escola e busca contemplar de maneira mais proveitosa os conteúdos vistos pelos estudantes em sala de aula. “É importante mostrar aos nossos estudantes que o aprendizado adquirido em sala de aula pode ser utilizado na nossa casa, no parque, em uma brincadeira com os amigos ou até mesmo em um passeio”, afirma o secretário municipal de Educação, Celito Cardoso.

Por meio do projeto, estudantes do 8º ano da Escola Municipal de Educação Básica (EMEB) José Contim Portella puderam aprender matemática em “Conhecendo o sistema de engrenagens que movimenta a pedra da mó”, enquanto o 9º ano da escola EMEB Hercílio Amante viram na prática o Teorema de Tales em “Tales vai ao parque”. De acordo com a coordenadora de Matemática da Secretaria Municipal de Educação, Karine Luiz Calegari Mrotskoski, existem histórias que são resgatadas quando os estudantes vão até a atafona. “Em uma aula de matemática contextualizada historicamente, eles percebem a aplicação de vários conceitos abordados em sala de aula e isso os aproxima dos conceitos da matemática”, conta.

Clubes de Matemática

Os estudantes dos Clubes de Matemática também estão visitando o parque por meio de oficinas pensadas pelo grupo de professores. Os encontros ocorrem no contraturno dos alunos, ou seja, elas servem como complemento para os conteúdos já vistos em aula. No último mês, estiveram presentes na atafona estudantes dos 5º e 9º anos das EMEBs Antônio Milanez Netto, Luiz Lazzarin e Marechal Rondon. Na oportunidade, os estudantes participaram de um workshop sobre Cubo Mágico, com a presença especial do Hamster, mascote oficial do Clube de Matemática.

Durante os encontros, os integrantes dos Clubes de Matemática colocam em prática, por meio de desafios, os conteúdos aprendidos. “Eu tenho um pouco de dificuldade com matemática, então entrei pro clube e achei muito legal a forma como eles ensinam a gente com brincadeiras”, relata a estudante da EMEB Casemiro Stachurski, Raquel Gerônimo de Jesus. Para o professor Renan Magnus dos Santos, “o projeto é importante porque trazemos o lúdico e ensinamos matemática de uma forma diferenciada. As crianças participam de projetos e oficinas e se empolgam muito, então, acredito que outras escolas deveriam participar”, comenta. Os Clubes de Matemática estão presentes em 35 escolas da rede municipal de ensino de Criciúma.

Contato com a história do município

Tradicional equipamento utilizado pelos imigrantes colonizadores da região Sul de Santa Catarina para produção de farinha de milho, polvilho e mandioca, a atafona foi construída no Parque dos Imigrantes como um resgate da história pertencente à Criciúma. O espaço funciona da mesma maneira como funcionava quando o município foi colonizado. Em janeiro de 2019, a atafona passou a ser usada pela Secretaria Municipal de Educação.

O projeto Matemática na Atafona coloca os estudantes da rede municipal em contato com elementos históricos através do espaço utilizado e, também, pelo café colonial servido nos intervalos das oficinas, contendo, principalmente, bolo de milho e caldo de cana. O objetivo é fazer com que os estudantes possam relacionar os conteúdos aplicados em aula à situações do dia a dia de uma maneira lúdica. A Secretaria Municipal de Educação também oferece transporte de ida e volta para o Parque dos Imigrantes.

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