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É dengue? Médico infectologista ensina sintomas e cuidados

Casos de dengue cresceram 650% em Santa Catarina

Segundo os dados divulgados nesta semana pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC), no período de 31 de dezembro de 2023 a 19 de fevereiro de 2024, ocorreram 31.235 notificações de dengue em Santa Catarina. Dessas, 17.696 foram consideradas casos prováveis. Os dados mostram um aumento de 650% em relação ao mesmo período do ano passado, o que fez o Governo do Estado de Santa Catarina decretar situação de emergência de saúde pública em todo o território catarinense, diante do risco epidemiológico causado pela dengue.

Mesmo que a situação, até o momento, esteja controlada na região carbonífera, e a incidência maior dos casos seja na região norte catarinense, é necessário que o cuidado e atenção quanto ao acúmulo de água parada sejam redobrados. O médico infectologista e diretor técnico do HSJosé, Dr. Raphael Elias Farias, explica sobre a doença viral, seus sintomas e porque é necessário ter um cuidado especial quanto a transmissão da doença.

“Dengue é uma doença viral, transmitida por um arbovírus, com quatro subtipos, 1, 2, 3 e 4. Essa doença se manifesta após a picada de um mosquito fêmea Aedes aegypti contaminado com o vírus da Dengue. Este mosquito é o vetor que, ao picar uma pessoa, transmite o vírus, podendo a pessoa desenvolver sinais e sintomas da doença quando suscetível (nunca teve o subtipo da dengue transmitido).  Então, neste contexto, precisamos ter os cuidados para que a cadeia de transmissão seja interrompida”, esclarece o médico infectologista e diretor técnico do HSJosé, Dr. Raphael Elias Farias.

Sintomas apresentados

Em geral, nos casos de dengue, o paciente inicia com sinais e sintomas como febre, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dor nas articulações, dor no corpo, podendo evoluir para um quadro grave de sangramento e descompensando em outros órgãos do corpo. Na grande maioria dos casos, o paciente evolui com melhora dos sintomas em alguns dias.

“É muito importante que as pessoas com suspeita de dengue procurem uma unidade de saúde para fazer o diagnóstico e acompanhamento. Isso é necessário porque, no início, a doença até pode parecer controlada, mas, ao longo dos dias ela pode evoluir com sinais de complicação. Por esse motivo, o monitoramento do paciente é importante”, esclarece Dr. Raphael.

De acordo com o especialista, este é um momento de alerta onde os cuidados para evitar a proliferação da doença devem ser redobrados.

“Este é um momento de intensificar as ações, para que possamos reduzir toda possibilidade de transmissão do mosquito. Não havendo mosquito, não há transmissão do vírus. No caso da dengue, diferente do coronavírus – onde podíamos pegar pelas gotículas -, a transmissão se dá pelo mosquito contaminado (vetor). Temos que ter o cuidado de evitar a água parada nossa casa, na nossa região. Diminuindo o foco do mosquito, iremos diminuir, também, a transmissibilidade da doença”, garante o médico.

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