Notícias de Criciúma e Região

Desembargador fala sobre sucessão em empresas familiares em palestra na Acic

Tema foi abordado para empresários, advogados e contadores de toda a região na noite de ontem, 17

Empresários, advogados e contadores de toda a região se reuniram, na noite de ontem, 17 , para aprender um pouco mais sobre planejamento sucessório em empresas familiares. O assunto foi tema da palestra do desembargador Raulino Jacó Brüning, realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e Associação Empresarial de Criciúma (Acic). A ideia era de esclarecer alguns pontos e, o principal, de preparar o empresariado para a sucessão nos negócios.

A vice-presidente da CDL, Andrea Gazzola Salvalaggio, lembra que, de acordo com dados do IBGE, 90% das empresas brasileiras são familiares, representando mais da metade do PIB e empregando 75% da mão de obra do país. “Diante de tamanha importância à nossa economia, é preocupante o que aponta um estudo do Banco Mundial, de que apenas 30% dessas empresas chegam à terceira geração. É essencial encontrar estratégias que assegurem a continuidade e o sucesso dos empreendimentos”, evidencia.

Andrea é endossada pelo presidente da Acic, Valcir José Zanette, que salienta que o debate é crucial para garantir uma transição bem-sucedida e preparar a empresa e a família para o futuro. “Ao conversar abertamente o assunto, é possível identificar talentos, alinhar visões, resolver conflitos, promover o desenvolvimento de habilidades e buscar o apoio de especialistas. O debate cria uma base sólida para a implementação de um planejamento eficaz e contribui para a continuidade do negócio ao longo do tempo”.

Na oportunidade, o desembargador abordou temas como o nascimento das empresas familiares, tipos de família, de filiação, criação de conselhos e comitês, elaboração de código de ética ou de conduta, e outros. “A empresa deve ser vista como uma joia preciosa, que precisa ser cuidada, ir para a frente, ser longeva. A empresa representa emprego, arrecadação, tem uma função social e ambiental. Não pode acabar!”, pontua o palestrante.

Ainda de acordo com ele, o planejamento sucessório tem o objetivo de prevenir e solucionar conflitos, além de expandir e perpetuar o empreendimento. “É preciso preparar alguém da família. Não é interessante entregar tudo para agentes externos, de mercado. E sabe por quê? Porque eles não ajudaram a criar, não passaram trabalho para chegar até ali. Será que terão tanto comprometimento como se fosse alguém da própria família?”, questiona.

Ao final da apresentação, o público pôde interagir e fazer perguntas para o desembargador, que finalizou: “planejar é dar um rumo, para que no amanhã não aconteça um vácuo de gestores, uma situação inesperada que, infelizmente, pode fazer a empresa fechar as portas”.

 

 

 

Você também pode gostar