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Crianças ganham ‘super-poderes’ em meio a quimioterapia

Capas produzidas de EVA buscam levar um toque de carinho à quimiterapia para crianças que lutam contra o câncer no Hospital São José de Criciúma

Com cinco anos de idade, o pequeno Guilherme Costa Garcia precisa vencer todos os dias uma batalha difícil e cansativa contra o câncer. Dono de um sorriso encantador, ele é uma das crianças que necessitam de quimioterapia como tratamento da doença e que ganharam um motivo a mais para vencer esta luta: a ‘conquista’ de super-poderes.

Já que para fazer a quimioterapia é preciso utilizar uma capa, igual a dos super-heróis. Feita de EVA pelos profissionais do Hospital São José de Criciúma, cada criança escolhe o tema da capa em uma ‘quimioterapia personalizada’.  A ideia é transformar esse momento que pode ser doloroso, em algo mais leve e cheio de esperança. Atualmente, 40 crianças realizam o tratamento de câncer no hospital.

“Esse cuidado desde a primeira quimioterapia do Guilherme faz com que esse tratamento tão doloroso seja encarado de uma forma mais leve, especialmente para nós da família. O Guilherme é fã do homem aranha e para ele, ele está recebendo os super-poderes por meio da quimioterapia. Aqui na oncologia pediátrica tudo é pensado para melhor acolher essas crianças. Ele chegou a dizer um dia era muito legal esse hospital. Tudo isso ameniza a dor e torna todo esse processo mais leve”, comenta Elizandra da Costa Garcia, mãe Guilherme Costa Garcia, de cinco anos.

Para a pequena Julia, a capa personalizada é com a temática dos personagens favoritos dela, a Masha e o Urso. “A Julia iniciou a quimioterapia no dia 15 de setembro. Ela é uma menina que não é de expressar as emoções, mas percebe o carinho com que todos tratam ela. É um cuidado muito especial para o tratamento deles e que faz a diferença. Ela gosta muito da Masha e do Urso e todo o processo da quimioterapia dela envolve essa temática”, explica Jéssica Correia de Medeiros, mãe da pequena Julia de Medeiros Mateus.

A pequna Júlia e a mãe Julia de Medeiros Mateus, também, gostaram da ideia – Foto: Hospital São José/Divulgação

 

Um toque de carinho em meio a dureza do câncer

 

Segundo a oncologista pediátrica responsável pelo serviço no HSJosé, Adalisa Reinke, , a quimioterapia personalizada é uma forma das crianças levarem com mais leveza todo o tratamento.

“A ideia da quimioterapia personalizada surgiu com uma técnica de enfermagem que criou para auxiliar no tratamento de um menino com autismo. Quando vimos esse carinho, pensamos em expandir para todas as nossas crianças que estão em tratamento contra o câncer. E tem feito muita diferença no tratamento delas”, explica a médica.

De acordo com a especialista, tudo o que é lúdico encanta. “É uma forma de tirar o peso deles estarem recebendo uma bolsa de quimioterapia. Ela se transforma em algo que cura, que dá super-poderes, que transforma a criança em alguém ainda mais especial. É uma maneira de fazer com que eles esqueçam o tratamento e transforme dias tão pesados em mais leves”, garante Dra. Adalisa.

 

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