Como evitar brigas entre cães e gatos? Especialista dá dicas
Professora do curso de Medicina Veterinária ensina truques para melhorar a convivência e evitar brigas entre os bichos
Se na ficção e nos desenhos animados, cães e gatos costumam ser inimigos mortais, na realidade nem sempre é assim. Mesmo sendo de espécies diferentes, cães e gatos costumam ser amigos dentro dos lares brasileiros e na maioria dos países do mundo.
Como grande parte dos pets acaba passando um longo período do dia sozinhos, no intuito de minimizar essa solidão e encontrar companhia, os tutores acabam buscando outro pet, que nem sempre será da mesma espécie. Isso tem dado muito certo, é o que afirma a professora, Catia Voss. “Hoje tenho cinco cães e sete gatos convivendo em profunda harmonia, na minha casa”.
Segundo Catia, que é professora do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera, o segredo é respeitar a individualidade de cada espécie, seus limites e comportamentos.
“A relação entre cão e gato tem disputa por território, alimento, objetos, brinquedos e atenção dos tutores. Porém, nada disso impede que as espécies convivam em harmonia. Desde que passam a integrar a família, devem ser acolhidos com respeito às diferenças e treinados para não competirem”, afirma a médica veterinária.
A seguir, a especialista listou algumas dicas para que os tutores consigam fazer a paz reinar entre os pets.
Adaptação
Quando você já tem um animal em casa e quer introduzir outro, os cuidados têm que ser na socialização, aos poucos, com cuidado, e sempre com supervisão, respeitando a individualidade de cada animal e sua espécie.
Os cães na maioria das vezes aceitam bem outros animais, em questão de semanas essa adaptação ocorre; diferentemente dos gatos que são mais receosos, essa adaptação pode demorar até três meses, sempre lembrando que quem é o dono do território é o tutor, e não os cães e os gatos, isso é um ponto bem importante.
Ofereça espaço, comida e brinquedos individuais
A maior parte das desavenças entre os animais se dá por conta de território e comida. O animal dominante, geralmente o primeiro, ou que está a mais tempo no ambiente, não vai querer perder seu espaço, e por isso é comum que o pet fique agressivo e até depressivo com a chegada de um novo bicho em casa.
Por essa razão, é importante que o tutor crie um ambiente para que os animais se sintam bem e não tenham competição por território e nem por comida e água.
Deixando vasilhas de água e comida disponíveis para cada espécie, para os cães sempre as vasilhas no chão e para os gatos as vasilhas podem ser colocadas em mesas ou lugares mais altos.
Além disso, é interessante que haja um enriquecimento ambiental para os gatos, com nichos ou plataformas onde os animais possam ficar no alto – é um comportamento natural desses animais – e que sejam uma área de “refúgio” caso eles sejam atacados e perseguidos pelos cachorros.
Dê atenção igual aos pets
A competição entre os pets também pode ser causada por atenção desmedida entre os animais. O tutor deve dar a mesma atenção a todos os animais, começando em especial pelos pets que vivem há mais tempo no local. Da mesma forma, na hora de distribuir a comida, os primeiros devem ser alimentados primeiro.
Crie um ambiente de harmonia
Os animais devem ser estimulados a conviver pacificamente e o tutor deve estimular brincadeiras e repreender brigas. Quando testemunhar alguma desavença entre eles, o ideal é não bater, castigar, mas sim, repreendê-los.
Por outro lado, quando perceber avanços na relação deles, como uma brincadeira em conjunto ou os dois dividindo caminhas, isso deve ser festejado – com petiscos ou palavras de carinho, assim o animal fará a associação que o relacionamento harmonioso é recompensado com bons momentos.