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Com funcionamento inusitado, estacionamento chama a atenção em Criciúma

Proprietário do rotativo conta com a confiança dos usuários para receber o pagamento

Quando o motorista deixa um veículo em um estacionamento particular, é comum pagar pelo tempo utilizado no momento da saída, para uma pessoa, que geralmente fica em uma guarita no local. Mas em Criciúma, no bairro Pio Corrêa, o proprietário de um rotativo decidiu inovar e trabalhar na “base da confiança”. 

O estacionamento fica na Rua Coelho Neto, próximo a URC (apenas referência). Quando o usuário estaciona no local, não encontra ninguém para realizar a cobrança. Ao se aproximar da guarita, onde normalmente ficaria o operador, a pessoa é atendida apenas por uma voz, que parece ser de um robô.

Foto: Caroline Sartori/Portal Litoral Sul

 

Na verdade, é a voz é de Alexandre Ribeiro, dono do estacionamento, que fica monitorando as seis câmeras que têm no local. De casa, ele orienta os usuários a como pagar pelo tempo utilizado, tira as dúvidas e até barra alguns ‘espertinhos’ que tentam sair sem pagar.

“Fico monitorando pelas câmeras os carros que entram. Anoto a placa e horário, para poder cobrar depois. Se alguém vier pela primeira vez e estiver perdido, eu oriento”, explicou Ribeiro.

Foto: Caroline Sartori/Portal Litoral Sul
Foto: Caroline Sartori/Portal Litoral Sul

Na guarita, placas indicam o preço pela hora e como a pessoa faz para realizar o pagamento, que pode ser via pix, através de um QR Code que está fixado na entrada do estacionamento, ou com dinheiro. Alexandre deixa uma caixinha, tipo um cofre, na janela da guarita, para que os usuários depositem o dinheiro pelo tempo utilizado. 

Foto: Caroline Sartori/Portal Litoral Sul

As câmeras, que são de alta resolução, registram as placas dos veículos que estacionam no local. Se alguém sair sem pagar, terá os dados anotados e, segundo o dono, será cobrado em uma próxima vez.

A ideia inovadora – e curiosa – chama a atenção dos usuários. Alguns já estão acostumados com o modo de operação remoto e até preferem procurar aquele estacionamento. “É mais fácil e prático, não precisa ficar esperando, faço o pix e vou embora. Utilizo o estacionamento com frequência, pois levo meu filho na fonoaudióloga, e achei muito interessante este formato”, disse uma cliente, Carla de Bona.

Foto: Caroline Sartori/Portal Litoral Sul

A ideia de fazer o estacionamento ‘sem operador’ iniciou na pandemia. Alexandre conta que anteriormente ele ficava presencialmente cuidando do local, mas com a chegada da Covid-19, ficou com medo de ficar manuseando papel e acabar sendo infectado. “Não ficar aqui cobrando, parecia perigoso, mas resolvi tentar e está dando certo. É um risco, mas até hoje não tive nenhum problema”, frisou o proprietário.

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