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Burn(OUT): síndrome afeta 18% dos brasileiros; maioria tem menos de 30 anos

O ano era 2007, já faz um certo tempo, e na época eu era uma estudante de Psicologia em fase de conclusão de curso, e como qualquer estudante que vive esse momento, passei pelo seguinte dilema: “Qual será meu tema de pesquisa?”

Então, depois de passada as dúvidas, veio a iluminação e decidi pesquisar sobre algo que ninguém falava, hoje é um tema em evidência, mas naquela época, sequer era considerado doença ocupacional. Decidi compreender mais sobre o motivo pelo qual muitos profissionais sofrem até hoje. Você já ouviu falar sobre Burnout? Se não, deixe-me lhe apresentar.

A palavra “Burnout” tem origem no inglês, significa esgotamento, ou “burn”, que quer dizer queimar e “out” que quer dizer fora, exterior, ou seja, queimar de fora para dentro literalmente, pois as variáveis que promovem essa doença, são externas e chegam até à exaustão física e mental do colaborador. Geralmente ela se oriunda de estresse crônico, tensão emocional, questões vivenciadas no ambiente laboral como excesso de obrigações e competição, por exemplo.

E qual a relevância de falarmos do tema? É fato que nos sentimos cada vez mais cansados, com a sensação de encurtamento de tempo versus as entregas e papéis exigidos, e segundo a Organização Mundial de Saúde, OMS, cerca de 90% da população mundial relata sofrer com estresse em seu cotidiano. Se não olharmos para questões como estas, comprometemos nossa longevidade. No Brasil, 18% dos brasileiros são vítimas da Síndrome de Burnout, sendo que a maioria da população afetada tem menos de 30 anos. É o que revela uma pesquisa realizada em 2021 pela USP. A síndrome é um problema global e necessita que empresas tragam o tema para discussões estratégicas, tendo em vista que ela gera afastamento e isso impacta também na economia e no desenvolvimento organizacional.

A conscientização e a educação sempre nos levam para um caminho mais seguro no que tange às escolhas que fazemos diariamente. Logo, organizações precisam promover palestras, eventos que desenvolvam suas lideranças e que possam promover culturas mais saudáveis. Por outro lado, profissionais devem cuidar de sua saúde mental, fazer psicoterapia sempre que necessário, investir na suade física, espiritual e financeira, olhar para dentro e aceitar que não somos apenas o nosso trabalho. Nenhum CNPJ vale a sua saúde. Pense nisso!

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