Foi por volta das 19 horas, que o corpo de Altair Guidi, chegou para ser velado no hall do Paço Municipal Marcos Rovaris. Uma multidão compareceu ao local para a última despedida ao grande líder político. A consternação era visível no rosto de todos. Após, nove dias internado, Altair Guidi faleceu nesta terça-feira, ás 11h30, no Hospital São José de Criciúma, devido a uma infecção generalizada. O sepultamento está marcado para esta quarta-feira,24, as 10 horas, no cemitério municipal de Criciúma, antes haverá missa de corpo presente.
No velório, o filho Ricardo Guidi, contou que o pai estava internado no Hospital São José, desde o dia 14 deste mês, sendo que no dia 18, foi encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital. “Nos últimos tempos, ele estava um pouco debilitado, mas estávamos felizes, porque desde o último domingo o estado de saúde dele estava muito bom”, disse ele.
Para Ricardo, faltam palavras para falar sobre seu pai. “O considero como um grande exemplo e com certeza, tenho um grande orgulho. Deixou um belo legado para a cidade de Criciúma. Foram dois governos marcantes com grandes obras e investimentos, principalmente na área de educação”, comentou Ricardo e destacou algumas obras, como o Calçadão da Praça Nereu Ramos, a construção do Paço Municipal, o complexo cultural, onde envolve o teatro Elias Angelone, como também a Avenida Centenário que foi feita durante a administração de Guidi. “Desde criança acompanhei seu trabalho de perto, era interessante porque observava o reconhecimento das pessoas e pelas mudanças que a gente via a cidade passando”, recorda.
Ricardo Guidi recebeu um abraço apertado de Jurandir Pelegrini, que ainda surpreso com a notícia, lastimou a perda de cliente de mais de 40 anos, e que se tornou seu grande amigo. “Ainda não acredito”, disse em prantos. Durante a conversa, ele revelou que em seu salão não dá preferência para ninguém e quando Altair Guidi chegava para cortar o cabelo, caso tivesse alguém na frente ele esperava. “Era uma pessoa muito humilde. Na época em que ele foi prefeito até dei umas broncas, devido a poeira na rua onde eu morava. Fui até na casa dele para reclamar e assim mesmo, ele não deixou de frequentar meu salão. Foi uma grande perda para Criciúma, pois foi o prefeito que mais fez obras para o município”, considera.
O ex-prefeito de Criciúma, José Augusto Hulse, também compareceu ao velório. “Nós nos dávamos muito bem, mas quando se fazia necessário a gente discordava um do outro também. Aprendemos muito juntos, porque estudamos na mesma época em Curitiba, ele cursando arquitetura e eu engenharia onde moramos no mesmo lugar. Por último, estávamos nos encontrando pouco, a última vez foi aqui na reinauguração do Paço Municipal. Lamento muito a perda”, lamentou Hulse.
Para o presidente da Acic, Moacir Dagostin, Altair Guidi foi um fazedor de obras, sendo responsável por grandes obras estruturantes, assim como foi marcante para a guinada cultural em Criciúma. “Podemos dividir Criciúma antes e depois dele. Personalidade que serve de exemplo para os empresários com uma administração empreendedora”, coloca.