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Alunos da rede municipal de Criciúma passam a contar com curso de oratória

Projeto Interpretec está sendo desenvolvido em quatro escolas

Desenvolver as competências comunicativas dos estudantes, é umas das propostas metodológicas de trabalhar a comunicação no curso de oratória, que está sendo desenvolvido por meio do projeto Interpretec, em quatro escolas da rede de ensino municipal de Criciúma. Lançado no mês de setembro pela Secretaria Municipal de Educação e pela Diretoria de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia e Inovação, em parceria com a Abadeus, os encontros já estão transformando os alunos e fazendo a diferença.

“As primeiras aulas dão bagagem para o aluno se sentir seguro para enfrentar o medo e a vergonha, e encarar os desafios de falar em público, de argumentar, convencer e transmitir credibilidade”, pontua o secretário municipal de Educação, Celito Cardoso. Ele completa dizendo que essas são habilidades importantes não somente para o meio profissional, mas também pessoal do indivíduo.

Para a diretora de uma das escolas, Regiane Darós o projeto é importante para o desenvolvimento da autonomia das crianças ao modo de apresentar trabalho e se portar a frente aos colegas e professores. “Já percebemos uma diferença em apresentações de trabalhos, para eles ajuda muito da desinibição, e isso também é um caminhar que estão construindo para a vida adulta”, disse ela.

“Tenho como objetivo desenvolver melhor a minha fala, eu sempre busquei ter uma fala de comunicação boa com as pessoas da área que eu desejo, e meu desafio é esse, e o meu aprendizado está sendo a fala e a concentração”, destaca o aluno do 9º ano do ensino fundamental, Leonardo Rodrigues Mello.

Já Benjamim Dias Assis do 6º ano do ensino fundamental, sua meta é perder a vergonha de falar em público. “Não quero mais ter vergonha em falar em público, como apresentar um trabalho, e já estou me desenvolvendo nisso”, destaca.

Proposta metodológica

A proposta metodológica de trabalhar a comunicação é, inicialmente, exercendo três pilares, conforme explica a professora e doutora em comunicação, Roberta Mânica. Primeiro, basear uma autopercepção entre aquilo que você é, as minhas suas qualidades, as suas dificuldades, os seus diferenciais. Segundo, desenvolver um caminho que leve você até o outro a partir de uma narrativa empática, ouvindo o outro, desenvolvendo um caminho de escuta e trabalhando a comunicação não violenta. Terceiro, é o desenvolvimento coletivo das formas de comunicação.

“Alunos resguardados na sua individualidade, acostumados a se relacionar com o mesmo grupo, estão rompendo essa dinâmica de isolamento e está trazendo para eles um panorama de necessidade de exposição, de evoluir enquanto seres que estão no coletivo”, finaliza.

 

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