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Alerta dengue: focos do mosquito triplicam em Araranguá

Programa de Controle a Dengue do município busca combater o Aedes aegypti

Com o objetivo de controlar a dengue em Araranguá, a equipe do Programa de Controle a Dengue do município está desenvolvendo um trabalho de vigilância o ano inteiro, por meio de estratégias operacionais orientadas pela DIVE/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina).

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São 245 armadilhas instaladas em empresas e residências, seguindo um distanciamento em média de 200 metros umas das outras, além de 95 pontos estratégicos, como: cemitérios, borracharias, ferros velhos e floriculturas.  No total, a equipe é formada por seis agentes, sendo: quatro agentes designados para trabalho de campo, um coordenador de campo e um laborista.

Neste ano, já foram encontrados 13 focos do Aedes aegypti, sendo:

03 na Cidade Alta;

01 no Soares;

02 na Sanga da Toca;

03 na Coloninha;

03 no Mato Alto – área infestada;

01 no Centro.

Já em 2021, foram registrados 17 focos do Aedes aegypti, sendo:

08 no bairro Mato Alto – área infestada;

03 no bairro Polícia Rodoviária;

01 no bairro Vila São José;

01 no bairro Cidade Alta;

01 no bairro Sanga da Toca;

01 no bairro Jardim das Avenidas;

01 no bairro Aeroporto;

01 no bairro Jardim Cibele.

Conforme o Coordenador da vigilância epidemiológica de controle a dengue, Joélcio Anastácio, esses números representam um acréscimo bem significativo em comparação ao ano passado. ”Este número supera os registrados do ano passado, até o mês de junho, que foram apenas 10 focos. Agora, até o momento, apenas em março já temos 13 focos, o que supera o registrado em junho do ano anterior”, destaca o coordenador.

Ainda segundo Joélcio, esta é uma tendência do cenário epidemiológico em todo o estado de Santa Catarina. Os municípios, vêm apresentando um número muito maior que os anos anteriores.

”Demonstra que a inseminação do vetor, está avançando cada vez mais e com maior intensidade. Araranguá continua com status de município infestado, conforme o cenário estabelecido em 2019, no bairro Mato Alto. A DIVE só considera uma área não infestada, quando o local deixa de ter registro de foco por pelo menos um ano”, esclarece.

Nos últimos 15 dias, o Programa da Dengue vem realizando uma atividade diferente, a Lira (Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti).

Este trabalho consiste em uma pesquisa de campo, em busca de larvas, para que se possa ter noção do índice de infestação no município. Nesta ação, imóveis são visitados. Entretanto, são definidos por sorteio. Ao final da pesquisa, é possível perceber qual a chance do município estar desencadeando um cenário epidemiológico pior ou melhor.

Foto: Divulgação

Diante deste cenário, o Coordenador Joélcio, quer sensibilizar a população para uma mudança de comportamento, através do meio em que vivemos, para a adoção de práticas ambientais sustentáveis de respeito e valorização da vida.

”É importante colocarmos em nossa rotina diária, a prática da observação vigilante dos nossos imóveis, com especial atenção aos jardins, quintais e terrenos baldios. Só assim, poderemos afastar para longe este grande inimigo da saúde pública, que é o Aedes aegypti”, destaca Joélcio.

Ministério da Saúde alerta para a importância do combate ao Aedes aegypti

Dados do Boletim Epidemiológico nº9 , publicado pelo Ministério da Saúde, apontam um aumento de 35,4% nos casos de dengue nos dois primeiros meses deste ano na comparação com 2021. De acordo com o material, foram registrados 30 óbitos e 128.379 casos da arbovirose.

O documento apresenta ainda a redução de 17,5% nos casos de chikungunya (9.555) e 11,5% de aumento nos casos de Zika (756). As três doenças são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

O coordenador de Vigilância das Arboviroses do Ministério da Saúde, Cássio Peterka, reitera que a principal ação de combate ao Aedes aegypti é diminuir os focos de água parada. “Quando trabalhamos para reduzir esses focos de água parada, reduzimos também o número de casos. Nós fazemos campanhas e entramos em contato com os estados para que façam a suas campanhas de conscientização”, alerta.

Ele explica que, por conta das restrições impostas pela pandemia, os trabalhos dos agentes comunitários de porta a porta só foram retomados no segundo semestre de 2021. Com isso, a Pasta implementou novas metodologias, incluindo um novo formicida de origem biológica, o larvicida Espinosade, para tratamento de possíveis criadouros do mosquito. Em 2021, foram distribuídas 57,7 milhões de pastilhas e, em 2022, já foram distribuídas 12,8 milhões.

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