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Pesquisa se equivoca até no título sobre a eleição de SC

Divulgada pelo Portal R7, leia-se Record TV, nesta terça-feira, dia 24, uma pesquisa do Real Big Data sobre a disputa ao governo catarinense, instituto que já foi motivo de polêmicas nacionais, até por admitir não ter estatísticos em seus quadros, consegue números que devem ser analisados com lupa e onde até as conclusões são equivocadas.

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O portal e o instituto afirmam que há três candidatos ao governo de Santa Catarina, na pesquisa que vale, a estimulada, empatados tecnicamente, na margem de erro que é de três pontos percentuais para mais ou para menos, mas ignora que há dois grupos que se encontram nesta situação.

Se o governador Carlos Moisés (Republicanos) tem 18%, ficaria entre 21% ou 15%, estaria junto, de acordo com o Real Big Data, com Jorginho Mello (PL) com 14% – que tem entre 17% e 11% – e Gean Loureiro (União) que aparece com 12% – que oscila entre 15% e 9%, deve ser considerada a contagem da sequência.

O apontamento afirma que Esperidião Amin (PP) e Décio Lima (PT) têm os mesmos 9%, ou seja, na margem de erro ficam entre 12% e 6%, portanto em empate técnico com Jorginho e Gean.

Melhor a pesquisa bancada pela Record, com repercussão em Santa Catarina, contratar um estatístico urgente ou um jornalista que tenha as noções mínimas de matemática, ambos já teriam solucionado este terrível engano que prejudica Décio e Amin, mas cujo objetivo parece ser mesmo tirar a relevância da liderança do atual governador.

Mais números

Pelo levantamento, Antídio Lunelli (MDB) e Dário Berger (PSB) aparecem com 4% – entre 7% e 1%, considerada a margem de erro, o que os encosta em Amin e Décio.

Gelson Merisio (Solidariedade), que teve aceita a cobrança feita na fonte de que deveria constar nas pesquisas, está com 3% (entre 6% e 0), e Odair Tramontin (NOVO) e Ralf Zimmer (Pros) têm 2% cada um.

Senado

Raimundo Colombo (PSD) lidera com folga a corrida ao Senado, 14% ou 15% (entre 18% e 11%), dependendo cenário, com Fernando Coruja (PDT) ou Jorge Boeira (PDT), e Kennedy Nunes (PTB) está com 8% nas duas análises (entre 11% e 5%), a se considerar igualmente um empate técnico.

Para constar, o trabalho de campo foi feito entre os dias 21 e 23 de maio e ouviu 1.500 eleitores catarinenses por telefone, que, por um acaso, este colunista respondeu ao aparelho de uma das empresas em que trabalha, e o apontamento, contratado pela Record TV, foi registrado no TSE sob o protocolo SC-04302/2022.

O que a pesquisa do Real Big Data mostra é que a disputa no Estado está aberta, sem favoritismo.

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