A regra era, até agora, o ex-governador Raimundo Colombo, pré-candidato do PSD ao governo, bater na política fiscal de Carlos Moisés, com direito a cometer equívocos matemáticos ou ignorar que, o aumento no preço do leite longa vida, veio diretamente da bancada estadual pessedista.
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Mas o governador reagiu, aproveitou a provocação do Pros sobre o Plano 1000, primeiro no TCE e com ameaças de chegar ao TRE, para lançar uma ofensiva às reiteradas cobranças de Colombo.
Nas redes sociais, Moisés lembrou que de R$ 3 bilhões contratados em financiamentos por Colombo R$ 1,5 bilhão já foram pagos pelo erário catarinense e a dívida ainda prossegue próxima dos R$ 3 bilhões.
Agora, Moisés lembra que esta é a diferença entre usar recursos próprios, sem necessidade de pegar recursos de empréstimos de bancos oficiais ou internacionais, e aplicar em projetos no Estado, isso tendo como pano de fundo a ofensiva do Pros, leia-se Ralf Zimmer Júnior, que questiona o repasse às prefeituras.
Vai longe
Esta disputa entre Moisés e Colombo deve ir longe, até porque todo o prefeito que assina convênios via Plano 1000, e que já estava no cargo na administração estadual anterior, compara a burocracia e a falta de formalização com o Fundam, recursos repassados pelo governo Colombo às prefeituras em quem pagava a dívida era o Estado, embora muitos municípios tenham, inclusive, bancado projetos.
O quadro ficou pior na percepção dos mandatários quando o Fundam 2 foi barrado pelo BNDES devido aos procedimentos, garantias que não fechavam com a política da instituição estatal.
Uma repercussão
É certo que a iniciativa eleitoral do Pros só tem, por ora, o objetivo de marcar a posição e dizer ao catarinense de que está com pré-candidato ao governo na praça, no caso o defensor público Ralf Zimmer Júnior.
Ajudou, no entanto, a fomentar a disputa entre Moisés e Colombo, que rebateu e chamou a informação passada por Moisés de “falsas e mentirosas”.
No ataque
Colombo explicou, em áudio, que o governo não pagou R$ 1,5 bilhão de juros, e que este empréstimo foi uma compensação para corrigir a Resolução 13, do Senado, que igualou o imposto nos portos e prejudicou três estados, entre eles Santa Catarina.
O crédito do recurso foi oferecido, segundo Colombo, como compensação, com sete anos de carência, 25 anos para pagar e juros de 0,5% ao ano.
Segundo o ex-governador, R$ 1 bilhão deste valor foi usado para quitar um empréstimo feito para equalizar uma dívida da Celesc (R$ 16 milhões de juros por mês), cujo juro era muito alto, e outros cerca de R$ 250 milhões foram injetados no BRDE e o Estado pode acessar valores seis vezes maiores do que este.
Ainda de acordo com Colombo, o recurso emprestado foi usado por empresas, entre elas a BMW, o que gerou um efeito positivo, além de deixar um recurso de R$ 1 bilhão aportado no Banco Regional.