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Tornado atingiu Balneário Gaivota e Sombrio e é o 5º de novembro em SC , diz nota da Defesa Civil

Evento climático que aconteceu na madrugada deste sábado, dia 18, e provocou diversos danos nos municípios é o quinto somente em novembro no estado

O forte temporal com características de supercélula, registrado por volta das 2h deste sábado, dia 18, provocou um tornado no Litoral Sul catarinense, com muitos danos registrados em Balneário Gaivota e Sombrio. O tornado é quinto registrado em Santa Catarina somente no mês de novembro. As informações pertencem à Defesa Civil do Estado de Santa Catarina que emitiu uma Nota Meteorológica na tarde desta segunda-feira, dia 20.  Segundo os climatologistas, este temporal esteve associado à formação de uma frente fria, o aprofundamento de um sistema de baixa pressão no Paraguai e o intenso fluxo de calor e umidade provenientes da região amazônica, sistemas que favoreceram o desenvolvimento de intensas tempestades sobre Santa Catarina entre a sexta-feira (17) e o sábado (18). “Supercélulas são fortes tempestades que apresentam rotação, ingrediente essencial para a formação de um tornado. Elas possuem alto potencial para provocar danos associados a ventos fortes, como destelhamentos, quedas de árvores e danos na rede elétrica”, relatam em parte da Nota.

Através da análise combinada das imagens de radar e de fotos e vídeos do local atingido pela supercélula, a Defesa Civil de Santa Catarina confirmou a ocorrência de um tornado entre os municípios de Sombrio e Balneário Gaivota.  Este já é o quinto tornado confirmado pela Defesa Civil de Santa Catarina neste mês de novembro. O primeiro ocorreu no dia 06, em Cunha Porã (Região Oeste), o segundo no dia 16 em Itá (Meio-Oeste) e no dia 18, pela manhã, também ouve registro de um tornado em Urupema (Planalto Sul).

 

Na figura abaixo é mostrado um print de um vídeo feito por moradores de Sombrio, onde é possível identificar a nuvem em formato de funil. Na imagem, não é possível ver o funil tocando o chão (critério necessário para classificação de tornado), mas ao analisar conjuntamente as imagens dos danos e os produtos do radar meteorológico do Morro da Igreja, fica perceptível a passagem do fenômeno pela região. A Figura 2 (b) mostra o campo de estimativa da velocidade do vento do radar meteorológico do Morro da Igreja às 02h00 (horário local), onde é possível observar um forte dipolo, o que indica a presença de uma intensa rotação da célula convectiva. A velocidade dos ventos estimada pelo radar na região indicada pelo círculo em azul superou a escala de 30 m/s, ou seja, ficaram acima dos 100 km/h. Nas Figuras 2 (c) e (d) são exibidas imagens do campo de refletividade (dBZ) do radar meteorológico do Morro da Igreja, às 02h00 e 02h10 do horário local. Na região destacada pelo círculo azul da Figura 2 (c), é possível identificar o núcleo da supercélula que ocasionou o tornado, com um formato de vírgula. Esta característica também corrobora com a confirmação do fenômeno.

 

 

 

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