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Todas as previsões que deram errado sobre Moisés

Os adversários de Carlos Moisés (Republicanos) já deveriam ter pedido o recall da bola de cristal que utilizam, desde o início da administração, porque, a cada avaliação, perderam tempo com teorias sobre o futuro político do governador que não se confirmaram.
A máxima vale inclusive para alguns dos atuais aliados, que apostaram na derrocada, iniciada pelos dois processos de impeachment e as crises geradas, desde o lockdown da pandemia até as alíquotas de ICMS, para citar algumas, além da dúvida da eficácia no modelo de gestão implantado.

Nos últimos tempos, sob o impacto do período pré-eleitoral, os mesmos rivais investiram na versão de que Moisés ficaria isolado, sem o apoio de prefeitos, deputados e partidos, principalmente depois do dia 2 de julho, quando se extinguiu o prazo para a realização de convênios e repasses de recursos, pela legislação eleitoral, apelidados de PIX, na versão pejorativa.

Neste momento, Moisés, que, para os opositores, estaria atualmente sem os emedebistas e com dificuldades de formar alianças, na prática possui o maior número de partidos em uma coligação (Republicanos, MDB, Podemos, PSC, Avante, Democracia Cristã), é reconhecido por prefeitos de PP, PSDB, União Brasil e PSD, e ainda aguarda pelo apoio dos tucanos, caso que, se confirmado, gerará nova frustração entre os adversários.
Aqui vale aquela reflexão: projetar é uma coisa incerta, avaliar o cenário sem paixões é outra e a torcida não contribui para ambos, principalmente quando vem de claques patrocinadas.

Há motivos para o pessimismo
Moisés não é um ser à prova de falhas e equívocos, ajudou a fomentar esta visão dos adversários por conta de um início de administração muito fechado, cercado por assessores que não tinham a necessária experiência política, assim como o governador, voltado à época para um núcleo restrito.
Outro erro foi não se preocupar com a base na Assembleia, que vinha de uma tradição de alianças robustas formadas por vários partidos, tanto que a primeira crise enfrentada pelo atual governador surgiu na própria bancada da sigla que o elegeu, o PSL, em nome de um pseudo rompimento com o presidente Jair Bolsonaro, ao declarar independência sobre alguns temas.

Além disso, bateu de frente com o setor produtivo e o varejo, fatos que deixaram em segundo plano algumas das maiores realizações do governo: modernizar a máquina pública, acabar com contratos absurdamente caros e criar um sistema de controle, questionado mais tarde por causa da compra de 200 respiradores junto à Veigamed, com pagamento antecipado de R$ 33 milhões, sem verificar a idoneidade da empresa.

Avante na pista
A presidente estadual do Avante, a professora Terezinha Nascimento, de Joinville, confirma para este sábado (30), a convenção estadual em que a sigla oficializará o apoio ao projeto de reeleição de Carlos Moisés.
O evento será das 14 às 16h30min, no Hotel Castelmar, em Florianópolis, onde serão aprovadas as listas de 18 candidatos a deputado estadual e 15 a federal.

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