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Sorvete foi motivo de discussão entre casal que terminou em atropelamento e morte

Polícia Civil concluiu o caso como homicídio culposo, quando não há intenção de matar

No dia 19 de novembro, Winston Mafioletti, de 36 anos, foi atropelado pela própria namorada, de 33, em Criciúma. No dia 29, ele faleceu durante a madrugada no Hospital São José. Nesta quarta-feira, dia 14, a Polícia Civil chegou à conclusão de que foi um homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Segundo o delegado Jorge Giraldi, a motivação da briga, que antecedeu o atropelamento, foi a compra de um sorvete. A questão agora está com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).

De acordo com o que foi apurado pela Polícia, no dia em questão, o casal voltava de uma confraternização quando começaram a discutir. A vítima desejava comprar um sorvete no caminho, mas a namorada negava, afirmando que já o havia em casa. Nesse momento, os dois saíram do veículo, mas ela retornou com as chaves e seguiu conduzindo ao lado dele, insistindo para que ele embarcasse novamente.

No cruzamento entre as ruas Celestina Zili Rovaris e Soldado Volnei Bilésimo, ela decidiu cortar a frente dele para impedi-lo de continuar a caminhada e o viu caindo. Nisso, ela deu a ré sem saber exatamente em que posição o namorado estava, passando por cima dele. De acordo com Giraldi, uma testemunha pediu para que ela parasse e ambas retiraram a vítima debaixo do veículo.

Após o acontecimento, a mulher foi encaminhada para a Delegacia de Polícia Civil. Ela foi submetida ao teste do bafômetro, onde apontou 0,32 ml, confirmando embriaguez ao volante.

“Esse inquérito veio para mim, conversei com as testemunhas e analisei as imagens e laudos. Então, realmente trata-se de homicídio culposo. Em momento algum, ela teve a intenção de atropelar, matar ou lesionar o seu namorado. Inclusive, eles já tinham uma convivência há três anos e estavam morando juntos. Eu resolvi, por bem, encaminhar esse procedimento pela prática de homicídio culposo. Não existe o histórico de violência entre os dois. Naquele dia, foram a uma confraternização, ingeriram bebida alcoólica e aconteceu essa fatalidade”, comentou Giraldi.

Defesa se manifesta

Após a conclusão do inquérito, a defesa da investigada se manifestou por meio de nota:

“A defesa da investigada do trágico episódio que vitimou Winston de Oliveira vem informar que a situação foi uma imensa fatalidade e a complexidade do ocorrido ultrapassa qualquer conclusão isolada, pois há um somatório de fatores que levaram a situação, sendo que não existia qualquer intenção de causar lesão ou dano por parte da investigada. Frisa-se que o ocorrido deixou marcas incuráveis e tem causado dores dilacerantes, mas a investigada está disposta à expor à justiça os fatos que culminaram no triste desfecho. Nesse sentido, a defesa informa que os esclarecimentos estão sendo feitos dentro dos aparatos legais para produção de prova. Assim, lembra-se que o julgamento, que já é bastante doloroso, cabe ao poder judiciário, pois são desnecessários os ataques proferidos por quem não conhece a realidade dos fatos. A defesa confia na correta análise da autoridade policial e dos autores penais para adequada solução do caso”.

O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público (MP).

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