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“Se continuar chovendo, vou perder tudo”, diz moradora de Forquilhinha

Jaqueline Batista foi surpreendida na manhã dessa terça-feira, dia 3, quando a água começou a entrar em casa

“Se continuar chovendo, vou perder tudo”, lamenta Jaqueline Batista, de 52 anos, recém mudada do Rio de Janeiro. A moradora do bairro Nova York, em Forquilhinha, foi surpreendida na manhã dessa terça-feira, dia 3, quando a água começou a entrar em casa.

Natural do Rio de Janeiro, chegou em Forquilhinha há 30 dias e alugou a casa para morar. “Não sabia que enchia com a chuva. Ontem a água batia na minha canela, hoje já entrei em casa com água pela cintura”, lembra.

Jaqueline Batista, de 52 anos – Foto: Lucas Colombo/Portal Litoral Sul

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Sem ter para onde ir e com medo de perder todos os móveis, a moradora continua no local, sem energia, água ou comida. Jaqueline busca ajuda com os poucos conhecidos que fez na cidade.
Nesta tarde, a moradora pretende recorrer a Defesa Civil do município para conseguir comer e dormir. “Não tenho ninguém na cidade, preciso me alimentar e descansar. Pelo menos até a água baixar”, frisa.

Rua Celso Roque Forgiarini, no bairro Forquilhinha, onde mora Jaqueline – Foto: Lucas Colombo/Portal Litoral Sul
Rua Celso Roque Forgiarini, no bairro Forquilhinha, onde mora Jaqueline – Foto: Lucas Colombo/Portal Litoral Sul
Rua Celso Roque Forgiarini, no bairro Forquilhinha, onde mora Jaqueline – Foto: Lucas Colombo/Portal Litoral Sul

Moradores do bairro Cidade Alta também sofrem

Acostumados com a situação, moradores do bairro Cidade Alta, em Forquilhinha, aguardam a água baixar para sair de casa. José Albano, de 53 anos, mora na Rua Brasil, uma das mais afetadas do bairro, há mais de 40 anos. “Sempre que chove é isso. Agora é esperar pra conseguir sair de casa”, relata.

Casa do morador José Albano – Foto: Lucas Colombo/Portal Litoral Sul
Casa do morador José Albano – Foto: Lucas Colombo/Portal Litoral Sul
Rua Brasil, bairro Cidade Alta, Forquilhinha – Foto: Lucas Colombo/Portal Litoral Sul

Desde o início da manhã dessa terça-feira, dia 3, os moradores daquela região estão menos apreensivos. Segundo eles, como a chuva deu uma estiada, a água já baixou cerca de 10 centímetros.

Cansado de perder bens, seu José Cassemiro, de 60 anos, também morador da Rua Brasil, decidiu construir uma casa mais alta nos fundos do terreno para fugir das enchentes. “Já tivemos casos bem piores de alagamentos. Moro aqui há 10 anos e é sempre isso quando chove. Agora com a casa mais alta, não perco nada”, explica.

Casa do morador José Cassemiro – Foto: Lucas Colombo/Portal Litoral Sul

Forquilhinha já está com 20 famílias desalojadas. No Centro do bairro Cidade Alta, a Escola João Alessio foi transformada em um ponto de acolhimento e possível abrigo para as famílias afetadas pelas chuvas.
No local, é servido alimentação e serviço de assistência social aos moradores daquela localidade. A Defesa Civil circula pelas ruas para prestar apoio as famílias. Cinco moradores saíram de casa no bairro Cidade Alta e outras 15 do bairro Nova York e Ouro Negro.

“Essas famílias que não conseguem sair das residências, estão sendo monitoradas. Todos que precisaram deixar suas casas foram encaminhados para o imóvel de um familiar”, explica Tiago Medeiros, da Defesa Civil de Forquilhinha.

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