SC bate recorde de casos ativos de Covid-19

Com um alto índice de transmissibilidade do coronavírus devido a variante Ômicron, Santa Catarina bateu recorde e alcançou o maior número de casos ativos de Covid-19 desde o início da pandemia. De acordo com dados divulgados neste sábado, dia 29, atualmente o Estado está com 78.287 casos ativos da doença.

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Por este motivo, quando se fala em transmissibiliade do vírus a Matriz de Risco Potencial Regionalizado mostra todas as regiões de SC em nível gravíssimo (Vermelho). Em Criciúma, de acordo com o último boletim epidemiológico divulgado nesta sexta-feira, dia 28, são 1.834 casos ativos da doença.

A Secretaria de Estado da Saúde aponta como causas para esse grande número de casos a elevada capacidade de transmissão da variante Ômicron, cuja transmissão comunitária foi detectada no final de 2021. Além das aglomerações ocorridas durante as festas de final de ano e o período de férias de verão, aliadas ao relaxamento na adoção das medidas de prevenção por grande parte população.

“Isso tem se refletido numa grande procura por atendimento em centros de saúde, unidades de atenção primária e centros de triagem em diversos municípios”, informa a nota.

Ocupação de leitos de UTI em 69%

Apesar do grande número de casos, a ocupação em leitos de UTI do SUS para Covid-19 está em 69,78% em SC. De acordo com o Governo do Estado, dos 493 leitos ativos, 344 estão ocupados e 149 disponíveis. Na Região Sul catarinense a taxa de oxupação é de 68,25%.

Apesar disso, a UTI do Hospital São José segue lotada em Criciúma. Os dez leitos disponíveis para Covid-19 estão ocupados. Como a regulação é do Estado, caso algum paciente necessite será encaminhado para outro Hospital da região. Cerca de 66 pessoas estão internadas nos hospitais de Criciúma, sendo 13 em UTI. Destas 40 são de Criciúma e 26 de outros municípios, segundo dados de sexta-feira, dia 28.

Região Sul segue em nível alto

 

A Matriz de Risco Potencial Regionalizado da Covid-19 divulgada neste sábado, 29, pelo Estado aponta toda a Região Sul catarinense em risco potencial alto (amarelo). Ao todo são 15 regiões classificadas como risco potencial alto e duas no nível de risco moderado (cor azul).

Em um comparativo com o relatório divulgado na semana anterior, apenas as regiões Alto Uruguai Catarinense e Extremo Oeste se mantiveram estáveis, permanecendo no nível moderado (azul).

Houve piora nos indicadores das regiões Médio Vale do Itajaí e Xanxerê, que na semana anterior estavam classificadas no nível moderado (azul) e passaram a ser classificados no nível alto (amarelo), juntando-se as regiões do Alto Vale do Itajaí, Alto Vale do Rio do Peixe, Carbonífera, Extremo Sul Catarinense, Foz do Rio Itajaí, Grande Florianópolis, Laguna, Meio Oeste, Nordeste, Oeste, Planalto Norte, Serra Catarinense e Vale do Itapocu que se mantiveram no nível alto (amarelo).

Os resultados do mapa de risco refletem o aumento no número de casos confirmados de Covid-19 notificados nas quatro primeiras semanas de 2022, que tiveram reflexo na dimensão transmissibilidade, que monitora o número de casos ativos que foram notificados no período e a velocidade de transmissão. Veja o mapa:

 

 

 

Aumento de 38% no número de casos de Covid-19

 

A análise da Secretaria de Estado da Saúde, desta semana, demonstra a manutenção da taxa de crescimento de casos e óbitos por coronavírus. Houve um aumento de 38% na taxa de casos de Covid-19 acumulados nos últimos 7 dias desta semana (1.033,04 casos/100 mil hab), quando comparada com a semana anterior (747,08 casos/100 mil hab.).

Em relação aos óbitos, houve um aumento de 138% na taxa de óbitos confirmados de Covid-19 acumulados nos últimos 7 dias (2,46 óbitos/100 mil hab.) quando comparada com a semana anterior (1,03 óbitos/100 mil hab.), demonstrando uma piora no cenário de gravidade da pandemia.

O levantamento da Secretaria aponta que, no momento atual, as pessoas com quadros graves de Covid-19 hospitalizadas em leitos de UTI na rede própria estadual são em maioria pessoas com idade acima de 60 anos que não receberam a dose de reforço recomendada após 4 meses da completitude do esquema vacinal primário ou estão com o esquema vacinal incompleto.

“A SES/SC faz um apelo para que todos os catarinenses que estão no prazo para receber a dose de reforço (4 meses), principalmente os idosos, procurem o posto de vacinação do seu município e se proteja contra o coronavírus”, informa nota da Secretaria.

Secretaria de Saúde faz alerta

A Secretaria de Estado da Saúde fez um alerta a todos acerca da importância da manutenção das medidas de prevenção, como uso universal de máscaras, evitar aglomerações mantendo distanciamento físico de 1,0m entre grupos diferentes, dar preferência a ambientes ventilados e atualizar o esquema vacinal contra a Covid-19, tanto completando o esquema primário de duas doses quanto recebendo a dose de reforço após quatro meses.
Vacinação chega a 73% da população em SC

 

Com mais de 5,3 milhões de pessoas que receberam as duas doses da vacina, a cobertura vacinal da população geral de SC no dia 28 de janeiro ltrapassou 73%, segundo dados do Estado.

Apesar do grande número de casos notificados desde o início do ano, segundo o Governo do Estado, as elevadas taxas de cobertura vacinal têm contribuído para, proporcionalmente, reduzir o impacto na gravidade dos casos.

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