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“São quatro sinistros registrados e o mais grave foi esse”, diz prefeito de Praia Grande sobre queda de balão

Desde 2017 foram cerca de 15 mil voos de balão com quatro quedas registradas em Praia Grande; prefeitura irá realizar fiscalização e anuncia medidas

A queda de um balão que deixou o casal Fabrício Pacholok e Juliane Sestak e o piloto com fraturas nas pernas e braços é considerado o acidente mais grave ocorrido desde 2017, quando iniciaram os voos em Praia Grande, no Extremo Sul catarinense. Em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira, dia 26, o comitê instaurado pela Prefeitura anunciou medidas que serão realizadas para que se avance na segurança dos voos e atividades turíticas da Capital dos Canyons.

“Nós colocamos 15 mil voos realizados, mas acreditamos que foram mais, próximo, de 20 mil. São quatro sinistros registrados e o mais grave foi esse que teve fraturas. Esse é um dos quatro sinistros, mas nenhum teve alguém ferido gravemente”, comentou o prefeito Elisandro Pereira Machado  (Fanica).

O prefeito informou que visitou o casal e o piloto envolvidos no acidente que estão internados no Hospital Regional de Araranguá. O piloto teve que passar por uma cirurgia devido a uma fratura e está bem. Fabrício fraturou o fêmur e duas costelas e passou por um procedimento na perna. Já Juliane fraturou a tíbia e costela. O casal optou por ser transferido para São Paulo, devido a o plano de saúde que possuem.

“Chegamos lá o casal estava no mesmo quarto, conversamos com eles. Nos disseram que estava sendo uma das melhores férias que eles já tiveram até ocorrer o acidente”, destacou o prefeito.

Com uma das atividades mais importantes turísticas de Praia Grande, a Prefeitura anunciou medidas que pretendem aumentar ainda mais a segurança do voo com balões no município.  Dentre as ações imediatas será o aumento da fiscalização nas agências de turismo e empresas que promovem os voos.

“Estamos em contato com a Confederação Brasileiro de Balonismo com relação a situação de pilotos e aeronaves em Praia Grande. Contamos com apoio da Polícia Militar (PM), para mediar e auxiliar na fiscalização nesse momento. Iremos buscar trazer cursos de primeiro socorros e resgate. Vamos fiscalizar mais as agências porque hoje a venda de pacote não é só o voo de balão. Existem inúmeras atividades de aventura que estão em evidência. Próxima semana a Confederação deverá fazer um ‘pente fino’ em algumas questões pedentes no município”, comenta o secretário de turismo, Jorge Scandolara Júnior

Participaram da coletiva Elisandro Pereira, prefeito de Praia Grande;
Jorge Scandolara Júnior, secretário municipal de Turismo;
André Barreto, advogado , representante Juridico da Prefeitura e o
Sargento Otávio Sartor da PM – Foto Reprodução

Prefeitura reafirma segurança do voo de Balão

Outra ação que está sendo estudada pela Prefeitura e que irá envolver os empresários do setor do turismo, do balonismo e Câmara de Vereadores, é a criação de uma legislação municipal que regulamente as atividades em Praia Grande. Buscando dar mais segurança e levar uma melhor experiência para os turistas.

“Vamos ficar meses trabalhando para que não volte a acontecer. Todo acidente nos traz lições, sabemos que essa situação é um caso isolado e acima disso vamos trabalhar para melhorar a experiência para os turistas, operadores de voos e agências. É a política do Voo Seguro, vamos passar para a Câmara de Vereadores essa legislação”, explica o prefeito.

Antes da formulação da legislação, o Município busca esclarecer até que ponto o município poderá avançar. Tendo em vista que a regulação de todo o espaço aéreo brasileiro é realizada pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). “Estamos em contato com a Anac para ver até aonde o município tem competência com o propósito de criar condições melhores e mitigar os riscos da atividade, porque sem dúvida o turismo em Praia Grande é muito importante para toda a região”, afirma o advogado e representante Juridico da Prefeitura,  André Barreto.

Segundo ele, o município se prepara para criar uma legislação com a participação de todos os envolvidos e partes interessadas. “Hoje para se fazer o voo turístico tem que ter permissão, o balão tem que ser registrado na Anac e o piloto tem que ter o PPL, a carta de piloto. Isso se tira no prazo de dois anos, onde são feitos treinamentos. A Anac determina o espaço aéreo. Quando um sinistro desse ocorre chama a atenção e essas medidas é para que se torne mais seguro”, ressalta Barreto.

Investigação irá apontar causas do acidente

 

As causas do acidente devem ser investigadas pela Anac. A Polícia Civil, também, instaurou um inquérito e o Corpo de Bombeiros deverá emitir um laudo. A Secretaria de Turismo acompanha e aguarda o resultado das investigações.

“De imediato instauramos o comitê. Sabemos da existência do vídeo com a parte integral, vai ter perícia para esse acidente, está instaurado um inquérito na Polícia Civil. Vamos aguardar essas informações. Tem o vídeo para todos analisarem, mas vamos esperar o Corpo de Bombeiros, o laudo da perícia, o laudo da Polícia Civil e o resultado das investigações”, comenta o secretário.

Apesar do ocorrido, ele reforça a segurança do passeio com balão. “Praia Grande deu um grande salto com a chegada do balonismo na questão turística. Algo que está em evidência. Desde 2017 foram 15 mil voos de balão com uma porcentagem de sinistros baixa. É uma atividade que é segura e que as pessoas procuram. Uma das mais pedidas”, finaliza Scandolara .

 

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