Ruy Hülse deixa legado de apoio à educação; velório inicia às 09h em Criciúma
Empresário e político, que morreu nesta segunda, liderou o setor carbonífero do Sul de SC e, na vida política, foi governador, deputado estadual e prefeito
Foto: Divulgação
O empresário e político do Sul de Santa Catarina Rui Hülse morreu na manhã desta segunda, dia 12, aos 98 anos. Líder do setor carbonífero, ele presidiu o Sindicato da Indústria de Extração de Carvão do Estado de Santa Catarina (SIECESC) e, em 2009, foi condecorado pela FIESC com a Ordem do Mérito Industrial de Santa Catarina. “Hülse foi um incansável defensor do setor carbonífero catarinense Também tem uma bela história dedicada à educação, pois sabia que dela depende a construção de um estado mais desenvolvido”, destacou o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar.
O presidente da FIESC salientou que Ruy Hülse, quando prefeito de Criciúma, em 1968, criou a Fundação Educacional de Criciúma (Fucri), que duas décadas mais tarde passaria a se chamar Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc).
O vice-presidente da FIESC para o Sul de Santa Catarina, José Carlos Sprícigo, também lamentou a morte de Ruy Hülse. “Hoje Criciúma e toda a região Sul lamenta a perda de Rui Hülse, um nome associado ao empreendedorismo, à boa política catarinense e também à educação. Ao mesmo tempo que lamentamos, temos que agradecer a presença dele conosco ao longo desses anos, sua dedicação e exemplo e legado que nos deixou”, disse.
Formando em engenharia de minas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, ele foi gerente-industrial da Industrial da Companhia Brasileira Carbonífera Araranguá (CBCA), em 1951, e depois gerente e diretor da Industrial e Comercial da Cerâmica Criciúma S/A (Cecrisa), entre 1971 e 1991. Em 1995, assumiu a presidência do SIECESC, cargo no qual permaneceu até 2017. Também presidiu a Sociedade de Assistência aos Trabalhadores do Carvão (Satc).
Filho do ex-governador Heriberto Hülse, Ruy seguiu carreira política, tendo sido eleito deputado estadual por três legislaturas. Em 1960, presidiu a Assembleia Legislativa quando assumiu por 11 dias o governo do Estado, em substituição ao próprio pai, que se afastou por problemas de saúde. Governou o município de Criciúma de 1966 a 1970. Também ocupou outros cargos nos poderes executivos do município e do governo do estado.
O Município de Criciúma decretou luto oficial de três dias.
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