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Reflexos da onda de calor são sentidos na Feira Livre de Criciúma

Escassez de alface, entre outras hortaliças e alta nos preços podem ser sentidos pelos consumidores que passam pela Feira Livre de Criciúma, devido a estiagem

Quase todos os dias, a servente de limpeza Aldicélia Damásio dá uma passadinha pela manhã na Feira Livre de Criciúma, no Camelódromo. Na manhã desta terça-feira, dia 8, ela chegou um pouco mais tarde que o normal e não encontrou alface para comprar. Além disso, ela tem notado um aumento dos preços.

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“Aumentou bastante o preço das coisas. O preço do repolho outro dia aqui me assustei, estava R$7 a cabeça, no mercado a mesma coisa. E uns repolhos não tão bons como eram”, destaca.

Aldicélia foi uma das clientes que chegou no box do produtor Adriano de Oliveira em busca de alface. “Tem que chegar mais cedo”, brincou o feirante. Produtor de hortaliças em Cocal do Sul, ele destaca que a principal causa para a falta, principalmente, dos ‘verdes’ e o aumento nos preços é da estiagem.

“São produtos mais sensíveis e foi 15 dias de muito calor que tivemos. Com o sol elas acabam queimando. Poderia até molhar, mas o sol acaba queimando. Vendo rúcula, alface, couve, rabanete, entre outros e a perca foi grande”, conta.

Aldicélia conta que notou grande aumento de preços nos últimos dias na Feirinha – Foto: Lucas Colombo/Portal Litoral Sul

Adriano destaca que o alface é o maior exemplo do reflexo da estiagem. De 15 em 15 dias ele planta em dois héctares de terra cerca de 1.000 pés de alface. “Tive uma perca de cerca de 50% da produção. Antes vendíamos o pé de alface a R$2, agora temos que vender a R$3 porque está em falta. Tem poucos”, explica Adriano.

Quando a produção normalizar ele acredita que os preços devem baixar. “Aí voltaremos a vender no valor mais abaixo. É que tem poucos mesmo”, destaca.  Há 9 anos vendendo na Feira Livre de Criciúma ele nunca havia presenciado um período como esse. “Nunca tinha tido uma perda tão grande”, ressalta.

Outro feirante que sentiu o impacto da estigem foi Rodrigo Dagostim. De acordo com ele, esse período já é mais difícil e com a onda de calor piorou.

“Essa época já é meio ruim. Esse ano piorou devido à mais calor e pouca chuva. Estamos sentindo mais a falta dos verdes como alface, couve-flor, brócolis, entre outros.  A cenoura e a beterraba estão com preço recorde. Mas não é só a estiagem, é,também, o aumento no preço dos insumos”, analisa o feirante.

A questão das hortaliças, para ele, deve ser regularizada em breve. ” É algo de cultivo mais rápido, então esperamos que se normalize em breve”, afirma. Rodrigo atua há 20 anos na Feira.

Feirante Rodrigo Dagostim destaca que além da estiagem aumento no valor dos insumos impacta no preço final – Foto: Lucas Colombo/Portal Litoral Sul

 

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