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Propaganda eleitoral ajuda, mas não é tudo para os candidatos

Foi-se o tempo em que os candidatos apostavam tudo nas propagandas eleitorais gratuitas veiculadas no rádio e na televisão. Obviamente ajudam. Considero oportunas, inclusive. Há quem prefira ver e avaliar as propostas e depois decidir o rumo da escolha. Isso vale especialmente para os candidatos ao Governo e ao Senado. Na faixa do parlamento, o eleitor costuma ter uma definição antecipada, pois, os candidatos circulam mais e até andam próximos, aparentemente. Na televisão, no trato visual e contextualizado, o eleitor se situa melhor. Essa observação se reserva mais diretamente a quem ainda não se definiu. Concluo, esta curta narrativa, reafirmando a importância dos programas no julgamento dos mais indecisos.

Programas mesclados, diferentes

Ao conferir o primeiro programa dos catarinenses, ontem, confesso que gostei do formato. Deixou de ser editado em quadros completos de cada coligação. Os quadros iam e voltavam, com alternância das coligações, o que deixou mais leve todo o tempo disponibilizado às produções. Por sua vez, os marqueteiros também capricharam. Todos os candidatos com bom visual, e alguns, com mais tempo, aproveitaram para deixar no ar um tom reflexivo, visto, por exemplo, no programa de Décio Lima (PT).

Ao Senado

Tive o cuidado de observar o que apresentaram os principais candidatos ao Senado.

Dário Berger (PSB) – Dário Berger, está no final de oito anos no cargo de senador. Para tentar a permanência e ser reeleito, relembrou o passado como ex-prefeito de São José e Florianópolis, e a soma de realizações na época. Fechou com uma imagem ao lado do candidato a presidente, Lula;

Celso Maldaner (MDB) – Associou a imagem do falecido irmão, Casildo, nas lutas políticas que ele teve ao lado de líderes como Ulisses Guimarães. Comovente até a mensagem de Casildo, em vídeo, deixada a Celso, pedindo a ele a continuidade da luta política;

Jorge Seif (PL) – Aproveitou o tempo sendo apresentado pelo próprio presidente e candidato à reeleição. Foi a mensagem que deixou. Provou que é o nome preferencial de Jair Bolsonaro, em Santa Catarina;

Raimundo Colombo (PSD) – Foi quem teve a maior produção, com uma narrativa e imagens do que acontece no Senado. Um ambiente que ele conhece, pois, já esteve lá uma vez. Quer voltar carregando a vontade de defender os interesses dos catarinenses, ancorado pela história política e a experiência, também de governabilidade;

Kennedy Nunes (PTB) – Começou, como bem disse, no papo reto. Quer proximidade com o eleitor. Pediu para que enviem perguntas, para que ele possa ir se apresentando. Aposta na coragem prometendo, caso eleito, restabelecer a ordem. Quem acompanha o que acontece no Brasil deve ter entendido o recado do candidato;

Hilda Deola (PDT) – Apresentou-se bem. Ressaltou ser ela a única mulher a disputar a vaga ao Senado. Não teve tempo para dizer mais nada.

 

Candidatos a deputado estadual

A apresentação dos candidatos a deputado ou deputada estadual é a mais simplória. Com pouquíssimo tempo, mal conseguem se apresentar, e falar rapidamente a proposição como candidato. Alguns, com boa expressão, outros nem tanto. Há também gente experiente na política, como é caso de alguns que foram prefeitos. No final, o pedido de voto ao candidato a Governador. Faz parte da regra.

 

Candidatos ao Governo

Jorginho Mello (PL) foi o primeiro deles. De cara chamou a responsabilidade para o campo da saúde, prometendo zerar a fila de espera de exames e cirurgias eletivas. Também tirou proveito de uma fala de Bolsonaro ao lado dele, declarando apoio.

Gean Loureiro (UB), preferiu estimular a força da família, e dar ênfase à formação. Justificou a razão de ter a voz rouca. Foi devido a um acidente que quase lhe tirou a voz. Lembrou de outro, que quase lhe tirou a vida. Politicamente lembrou a trajetória de vereador, deputado estadual e federal, e por duas vezes prefeito de Florianópolis.

Jorge Boeira (PDT) – Filosofou na primeira aparição retratando o estado como sendo a “Mãe Catarina”. Lembrou a capacidade que possui em gestão pública. Teve pouco tempo. E, menos tempo ainda teve Odair Tramontin (Novo), que apenas afirmou que não vai utilizar recursos do Fundão para custear a campanha.

Carlos Moisés (Republicanos) com um tempo maior, conseguiu se apresentar, falar de propósitos, coragem e honestidade. Quer continuar sendo governador para seguir no jeito de bem governar. Citou ações como a vernda de aviões para pagar dívidas do Estado; investimentos em saúde, salário de professores. Toda narrativa teve cenas dele no convívio familiar.

O candidato do PT, Décio Lima, abriu o programa com a aparição do candidato a presidente, Lula, intercedendo por ele, sugerindo que se eleito vai construir Santa Catarina com alegria. Por sua vez, o petista ressaltou que com a ajuda do seu presidente vai oportunizar mais igualdade. Foi, se não me engano, o único que abriu espaço para a vice, Bia Vargas poder suscitar algumas palavras.

Esperidião Amin (PP) dispensou as grandes produções. Disse que fará seus programas olho no olho. Quer mostrar que sabe fazer com simplicidade. Mostrou uma de suas obras no passado de governo, a Serra Dona Francisca. Disse que está abandonada, e quer devolver aos catarinenses como ela era quando feita. Falou em apontar os problemas e encontrar as soluções.

O último na série inicial a falar foi Ralf Zimmer (Pros). Teve tempo suficiente apenas para dizer que pretende construir ferrovias de Leste a Oeste no Estado.

Resumindo

Preferi contextualizar basicamente sobre, especialmente os candidatos ao Senado e ao Governo do Estado, para dar a entender a você eleitor, a importância de estar atento às propostas de cada um dos candidatos. Assim, a clareza diante das exposições poderá servir de endereçamento ao nome que realmente poderá ser o melhor representante. Não vou aqui, fazer nenhuma analogia sobre quem se saiu melhor ou pior. Esta primeira aparição dos candidatos foi apenas um cartão de visita. O caldo grosso dos programas eleitorais ainda está por vir.

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