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Ação e reação: Governo Federal alinha nova ordem com governadores

O presidente Lula em reunião com os governadores para debater a redução de ações extremistas pelo país / Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

Os manifestos começaram pacificamente, com a ocupação em frente aos quarteis, tão logo terminou o pleito de outubro. Patriotas, apoiadores de Bolsonaro, resistiram e acreditaram numa mudança que nunca ocorreu. Por conta própria, sem sequer ter ao lado deles, um vereador que seja, foram se mantendo do jeito que deu. Porém, os movimentos estavam incomodando. De um jeito ou de outro, precisavam ter um fim. O que houve em Brasília no domingo é condenável. Com infiltrados ou não, era o que faltava para fazer dos manifestantes, criminosos. Agora são taxados, além de bolsonaristas, de terroristas, nazistas, fascistas e golpistas. São os adjetivos que definem os que são contrários ao atual governo, e todos os que os cercam. A reunião em Brasília, entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e 27 governadores, teve o propósito de traçar uma linha de conduta, para que novos ataques de vandalismo não aconteçam mais, nem em Brasília, e nem nos Estados. Para tanto, investigações serão feitas para encontrar supostos culpados de terem financiado acampamentos. Todos os governadores, sintonizaram com o governo federal, além de outras autoridades, para dar fim a qualquer manifesto contrário, especialmente em Brasília. A palavra democracia, que vem sido vilipendiada há muito tempo, foi repetida muitas vezes durante a reunião. Lula falou em golpe, e que isso não vai ocorrer, e que todos tem de aprender que a democracia é uma coisa complicada a ser feita. Neste ponto tem razão. Realmente, ela está por um fio, e precisa de fato, ser exercida.

Ordem em Santa Catarina

Acampamentos sendo desmontados em Florianópolis / Foto: PMSC | Divulgação

O governo de Santa Catarina, que também se manifestou contrário ao que o ocorreu domingo (7), em Brasília, mobilizou no Estado as Forças de Segurança para acompanhar de perto as movimentações. Determinou ao Comando-Geral da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), a preservação da ordem pública, em respeito às leis constitucionais e das medidas recentemente editadas de nível federal. No Estado, a situação foi de equilíbrio, apenas com ações pontuais de bloqueios em alguns pontos de rodovias, mas sem que perdurassem. Por outro lado, foram iniciadas as negociações para a retirada das barracas dos acampamentos, e assim, a desocupação foi ocorrendo de forma tranquila e ordeira, a exemplo de Florianópolis. Desta forma, o Governo do Estado e as Forças de Segurança seguem em estado de atenção para que a ordem seja mantida e as determinações legais sejam cumpridas.

Agressão a equipes de TV

Imagem reprodução

Como jornalista e profissional da comunicação, afirmo ser inaceitável o que ocorreu na tarde desta última segunda-feira (9), em Florianópolis, quando as equipes de reportagem da TVBV e do SBT/SC foram agredidas por manifestantes. Os profissionais foram reportar os trabalhos de desmonte de um acampamento, em frente ao quartel do Exército. Alguns manifestantes, descontentes com o comportamento de veículos nacionais, não pensaram nas consequências, e agrediram as duas equipes levando parte dos equipamentos. Não há como aceitar tal conduta, justamente de quem se coloca ao lado da democracia. O Grupo Barriga Verde, lançou uma Nota de Repúdio, em que evidenciou o fato, afirmando que não há espaço para esse tipo de atitude contra profissionais de imprensa em um ambiente democrático. Também se solidarizou com os colegas do SCC (SBT-SC), que passaram pela mesma situação, e reafirmou que está prestando todo o suporte à equipe. Finalizou a Nota, dizendo que os ataques não impedirão que o jornalismo siga fazendo o seu papel, dentro dos valores éticos e com respeito ao trabalho jornalístico. Em Lages, na manhã de segunda-feira (9), logo cedo, algo semelhante ocorreu, quando manifestantes impediram por algumas horas a circulação de caminhões de uma empresa distribuidora de combustíveis. No local, profissionais da imprensa foram intimidados e expulsos do local, sem poder cobrir o movimento.

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