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Pai é condenado a 68 anos de prisão por abusar sexualmente das filhas em SC

Segundo o MPSC a vítimas sofreram abusos durante pelo menos sete anos

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) obteve a condenação do pai que abusou sexualmente das filhas pequenas durante pelo menos sete anos. A Justiça sentenciou o homem  a 68 anos, nove meses e 17 dias de reclusão, em regime inicial fechado, pelo crime de estupro de vulnerável.

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As investigações foram conduzidas pela Polícia Civil, a denúncia foi oferecida pela 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Capinzal e a sentença foi proferida pela Juíza da 2ª Vara Criminal, Dra. Monica Fracari.

“Em decorrência das condutas criminosas praticadas pelo acusado, as vítimas desenvolveram traumas psicológicos, com quadros graves de ansiedade e depressão. A conduta do réu foi extremamente reprovável e desprezível. Infelizmente, os atos partiram de quem as vítimas mais esperavam proteção e cuidado, ou seja, do próprio pai”, diz o Promotor de Justiça Douglas Dellazari.

Os abusos contra a filha mais nova aconteceram entre 2005 e 2012, quando ela tinha entre cinco e 12 anos. Já os abusos contra a mais velha ocorreram entre 2006 e 2009, quando ela tinha entre nove e 12 anos. Para satisfazer o seu desejo sexual, o pai, além de obrigar as filhas a se despirem e de tocá-las, praticou conjunção carnal com uma das vítimas por diversas vezes.

As vítimas perderam a mãe muito cedo e foram morar com a avó em um município da Comarca de Capinzal/SC. O réu, aproveitando-se dos momentos em que a avó não estava presente, praticava os atos contra as filhas, que não podiam conversar sobre o assunto entre si nem contar para qualquer pessoa, pois sempre estavam sob ameaça de morte.

O homem estuprava as meninas separadamente para manter os crimes em segredo. Ele convencia ou obrigava uma das filhas a acompanhá-lo em pescarias e caçadas para praticar os atos libidinosos. Dizia tratar-se de algo absolutamente normal entre um pai e uma filha. Também argumentava que estava preparando-as para futuros namoros.

As vítimas, incentivadas por uma psicóloga, decidiram fazer a denúncia em 2017, quando já haviam atingido a idade adulta.

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