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Padrasto que matou adolescente com carregador de celular é condenado

Segundo a denúncia do MPSC, ele achava que estava sendo traído e cometeu o assassinato para se vingar da companheira, mãe da adolescente

O homem que matou a enteada de 15 anos ao estrangulá-la com o cabo de um carregador de celular foi condenado a 24 anos de prisão, por homicídio qualificado, em júri popular. Segundo a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), ele achava que estava sendo traído e cometeu o assassinato para se vingar da companheira, mãe da adolescente. O crime ocorreu no dia 16 de fevereiro desse ano em Indaial, no Vale do Itajaí.

Pela denúncia do MPSC, o motivo que levou ao crime foi torpe, uma vez que o réu agiu como forma de vingança. Além disso, usou de traição moral, com a quebra da relação de confiança entre padrasto e enteada, assim como dificultou a defesa da vítima. Foi considerado também o crime de feminicídio, por ter sido cometido contra mulher por razões da condição de sexo feminino e no contexto de violência doméstica e familiar.

Segundo a ação penal pública, por acreditar ter sido traído pela companheira, mãe da vítima, ele resolveu se vingar. Sem anunciar a intenção, passou a agredir a vítima no rosto, aplicando um golpe no pescoço, conhecido como mata leão, fazendo a adolescente desmaiar. Depois estrangulou a vítima com um cabo de carregador de celular, o que segundo a perícia, causou a morte.

O Conselho de Sentença acompanhou integralmente o MPSC e considerou o réu culpado de todas as acusações.

O Juízo negou ao condenado o direito de recorrer em liberdade, pois o réu já cumpria prisão preventiva e os motivos que levaram a essa medida continuam vigentes. Além disso, considerou que as circunstâncias do crime atestam “a periculosidade social do réu, impondo a sua prisão preventiva como meio voltado à preservação da ordem pública”.

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