Origem da árvore de Natal, você sabe como tudo começou? Veja as curiosidades sobre essa tradição
Faltam apenas 7 dias para o Natal e, para entrarmos no clima desta festa tão especial, resolvi falar sobre o maior símbolo natalino: a famosa e querida árvore.
Toda família gosta de montar o pinheirinho para preparar a casa para as festas de final de ano. Mas onde e quando começou a árvore de Natal, uma das tradições mais famosas das festas de final de ano e capaz de reunir toda a família para a sua montagem e para trocar presentes? Como esse costume se espalhou? Qual a maior árvore do mundo? Vou te contar tudinho sobre as curiosidades dessa tradição.
Sabia que ela é uma senhorinha com pelo menos mais de 500 anos? A árvore de Natal é um dos principais símbolos dessa data comemorativa, e suas origens remontam a povos pagãos que enxergavam as árvores como um símbolo da fertilidade.
O Natal é marcado por diversos símbolos, como o Papai Noel (que inclusive já contei por aqui a história dele, clique aqui para ler), os presépios e as luzes que iluminam e enfeitam as cidades. Uma das representações mais importantes desse período são as árvores de Natal, produzidas nos mais variados tamanhos e enfeitadas com diferentes adornos.
A tradição de usar árvores para decorar as casas remonta à antiguidade. Egípcios, celtas, romanos e até mesmo os vikings costumavam trazer essas plantas para dentro de casa.
As árvores eram usadas como decoração no solstício de inverno e simbolizavam que, ao final dessa estação, o sol iria reaparecer e as plantas voltariam a crescer.
Mas apesar de já serem usadas há séculos, foi por volta dos anos 1500 que as árvores de natal tornaram-se um costume cristão. Historiadores atribuem essa tradição à Martinho Lutero.
Os germânicos, nessa época, tinham o hábito de decorar as casas com pirâmides de madeira e folhas de árvores. De acordo com a lenda, enquanto caminhava pela floresta, Lutero ficou encantado com a visão de um pinheiro coberto de neve e sob o brilho das estrelas no céu.
Quando chegou em casa, tentou reproduzir para seus familiares a linda imagem que havia visto, usando galhos de um pinheiro, algodões (para simbolizar a neve) e algumas velas imitando as estrelas.
Outra versão atribui a criação ao anglo-saxão Vilfrido. Ele teria ido pregar o cristianismo na Alemanha e usado a figura triangular de um pinheiro para explicar a Santíssima Trindade. A partir de então, a árvore passou a ser reverenciada como uma planta divina.
A tradição da árvore de Natal não se espalhou rapidamente pela Europa. Foi somente em 1846, após a publicação de uma ilustração no jornal de Londres, da rainha Victória e do príncipe Albert, que era alemão, do qual posaram com seus filhos envolta de uma árvore de natal cheia de presentes em sua residência de férias na ilha de Wight, na Inglaterra.
Muitos dizem que Vitória era bem mais popular com seus súditos do que os monarcas anteriores e rapidamente o hábito se espalhou no Reino Unido e em outros países de língua inglesa, para depois ganhar o mundo.
Hoje, a árvore de Natal mais popular do país é a montada na Trafalgar Square, em Londres. Ela é doada todos os anos pela Noruega, em reconhecimento da ajuda inglesa ao seu povo durante a Segunda Guerra Mundial.
No Brasil, o costume de enfeitar árvores de Natal entre os cristãos só apareceu no começo do século XX. Por aqui, a tradição é montar a árvore de natal no quarto domingo antes do Natal, isto é, no início do advento. A primeira árvore natalina brasileira foi montada no Rio Grande do Norte, em 1909.
Em Portugal, as árvores começam a ser montadas no dia 8 de dezembro, o Dia da Imaculada Conceição.
Nos Estados Unidos há o costume de preparar a árvore de Natal logo após o Dia de Ação de Graças, que acontece na 4ª quinta-feira do mês de novembro.
A tradição orienta não montar a árvore de Natal de uma só vez, mas sim ir montando aos poucos. A partir do dia 17 de dezembro os preparativos finais devem ser feitos, para a árvore ficar completa para o dia 24 de dezembro, véspera de Natal.
Tradicionalmente, a árvore de Natal é desmontada no dia 6 de janeiro, Dia de Reis. Esse é o dia em que os reis magos chegaram à Belém depois do nascimento de Jesus Cristo.
Um dos enfeites mais importantes da árvore, inclusive, é a estrela de Belém, colocada no topo. Segundo as histórias bíblicas, foi a Estrela de Belém que guiou os reis magos até o local de nascimento de Jesus. Algumas coisas são simbólicas, como o uso de velas, que representam a luz de Cristo
As bolas que enfeitam as árvores de Natal foram criadas em 1847 por um soprador de vidro de Lauscha, na Alemanha. Esse enfeite passou, então, a ser produzido de diferentes formas e tamanhos. Com o tempo, outros enfeites foram acrescentados na decoração da árvore de Natal. Um deles é a estrela, que simboliza a estrela de Belém, uma referência, entre os cristãos, ao nascimento de Jesus. A decoração de cada árvore vai se modernizando todos os anos. Algumas famílias costumam guardar bolinhas que passam de geração em geração.
A verdade é que enfeitar árvores para festas são costumes mais antigos do que você possa imaginar. Essas origens estão em culturas antigas como as de romanos e egípcios e tinham como objetivo celebrar prosperidade e fertilidade da natureza. Não se sabe ao certo em que momento as árvores foram adotadas também como símbolos de festas cristãs. Mas muitos historiadores acreditam que o uso da árvore no Natal foi inspirado em tradições nórdicas e germânicas. Uma destas era um famoso festival na Escandinávia, que utilizava um pinheiro como forma de decoração e marcava o solstício de inverno (para nós do hemisfério sul, pontua a chegada do verão). Ou seja, era pouco antes do Natal.
O surgimento da árvore de Natal moderna é alvo de controvérsia. Existem aqueles que falam que ela surgiu em Talinn, na Estônia, em 1441, enquanto outros falam que ela surgiu em Riga, capital da Letônia, em 1510, onde existe uma placa instalada no meio de uma praça grafado em oito línguas que ali esteve a primeira árvore de Ano-Novo. Há ainda quem fale que ela surgiu em Bremen, na Alemanha, em algum momento do século XVI. Apesar de haver debates a respeito do local exato ao qual a árvore de Natal moderna remonta, os historiadores sabem que suas origens estão ligadas com tradições medievais relacionadas às culturas pagãs.
As árvores de Natal modernas foram inseridas no interior das residências ao longo do século XVI e eram decoradas com maçãs e nozes. Tornaram-se popular somente no século XIX por conta da rainha Vitória e do Príncipe Albert, do Reino Unido. Como a mãe da rainha Vitória era alemã, a tradição de decorar árvores de Natal passou a ser realizada também na Inglaterra. Isso fez com que o símbolo se popularizasse no Reino Unido e se espalhasse por outras partes do mundo.
Mas tem mais viu, apesar da polêmica sobre a origem da árvore de Natal, sabe-se que esse símbolo foi herdado de religiões pagãs da antiguidade. Os romanos, por exemplo, durante a Saturnália, festival em homenagem ao deus Saturno, usavam árvores para enfeitar os templos, eles tinham o costume de pendurar máscaras de Baco em pinheiros para comemorar festa, que coincidia com o nosso Natal. Já os egípcios usavam palmeiras durante os rituais de adoração a Rá, o deus Sol.
A tradição de relacionar árvores a divindades vem da mitologia grega. As plantas, para os gregos, intermediavam o céu e a terra e simbolizavam a evolução e a elevação do homem. O carvalho homenageava Júpiter; a oliveira, a deusa Minerva; e a videira, o deus Baco. Para os chineses, o pinheiro significa longa vida. Na Europa, durante o século XII, havia a tradição de pendurar um pinheiro no teto das casas, de ponta-cabeça, como símbolo da fé cristã.
Para muitas culturas antigas, as árvores que ficavam verdes durante todo o ano, chamadas de perenifólias, eram símbolos de prosperidade. Nos povos que habitavam locais de inverno rígido, essas árvores eram marcantes, pois permaneciam verdes mesmo durante o inverno.
Assim, a ideia de colocar árvores com folhas permanentemente verdes dentro de casa passou a ser associada à ideia de garantia de fertilidade. Com o passar do tempo e à medida que a Europa era cristianizada, a árvore como símbolo pagão foi aos poucos integrada aos costumes cristãos.
Um relato em particular pode ser a chave para entender essa transição da árvore como símbolo pagão até tornar-se um símbolo cristão. Essa história envolve São Bonifácio, bispo saxão que promoveu a cristianização de alguns povos da Germânia durante o século VIII d.C.
Alguns povos germânicos acreditavam nos deuses que formam a mitologia nórdica. Um dos deuses mais importantes, principalmente entre os camponeses, era Thor, que, além de ser o deus do trovão, simbolizava o carvalho. Segundo a história, São Bonifácio encontrou alguns germânicos realizando sacrifícios em um carvalho. Para convertê-los, São Bonifácio derrubou a árvore e mostrou às pessoas que nada havia acontecido com ele. Assim, aproveitou a oportunidade para convertê-las ao cristianismo.
Embora essa história explique o possível momento em que as árvores passaram a ser utilizadas como um símbolo cristão, muitos historiadores reforçam que a árvore de Natal foi um símbolo oriundo das tradições nórdicas e germânicas. Historiadores afirmam que a árvore de Natal moderna é originária do Jól (Yule), festival que ocorria no solstício de inverno na Escandinávia.
Durante esse ritual, o Julgran, o pinheiro do jul, era usado como forma de decoração. Esse símbolo fazia menção direta a um elemento da visão de mundo dos nórdicos: a Yggdrasil, a gigantesca árvore cósmica que sustentava o Universo e os nove mundos. Essa árvore simbolizava a vida e a fertilidade para os nórdicos.
Por que pinheiros?
Há duas explicações para o predomínio deles nas celebrações natalinas. A primeira está ligada à origem dessa tradição: como vimos, ela nasceu mais ao norte da Europa. E lá os pinheiros estão entre as árvores mais comuns. Outra justificativa tem relação com as características dessa planta: são um arbusto perene, ou seja, não perdem as folhas e estão sempre verde – ideal para celebrações como o Natal.
Edward Johnson, assistente de Thomas Edison (o inventor da lâmpada elétrica), teve a ideia de enfeitar árvores de Natal com luzinhas em 1882. Os apetrechos foram produzidos em massa pela primeira vez em 1890, nos Estados Unidos.
A tradicional árvore de Natal do Rockefeller Center, um clássico em Nova York (EUA), foi montada pela primeira vez em 1933. Desde 2004, uma estrela de 250 kg de cristal Swarovski é pendurada no topo da árvore. E, desde 2007, a instalação da famosa árvore toma medidas mais sustentáveis, com 30 mil lâmpadas de LED alimentadas por energia solar que dão conta da iluminação.
É um dos símbolos de Natal mais conhecidos do mundo. É aos pés dela, por exemplo, que o personagem de Macaulay Culkin reencontra a mãe no clássico natalino “Esqueceram de Mim 2”.
O interessante sobre esta árvore é que se trata de uma árvore de verdade, geralmente com cerca de 30 metros de altura. Há uma pessoa responsável em procurar enormes pinheiros durante todo o ano em cidades como Connecticut, Vermont, Ohio, Nova York e New Jersey. Assim que a árvore é escolhida, ela é transportada para o Rockefeller Center por meio de um guindaste.
Todos os anos, a prefeitura do Rio de Janeiro (RJ) monta na Lagoa Rodrigo de Freitas uma mega-árvore de Natal. Ela tem 82 metros de altura (o mesmo que um prédio de oito andares) e pesa 350 toneladas (o mesmo que dois Boeings 747 empilhados). É decorada com 2,8 milhões de microlâmpadas, que formam 200 sequências diferentes de desenhos. Ao seu redor, há oito canhões de luz.
Em São Paulo, a árvore do Parque do Ibirapuera segue firme como um dos grandes símbolos natalinos no Brasil. O tamanho varia ano a ano e já oscilou de 35 a 70 metros de altura.
E você sabia que maior árvore de Natal do mundo tem 750 metros de altura e 450 metros de largura? Reconhecida desde 1991 pelo Guinness Book of Records como a maior árvore de Natal do mundo, a árvore de Natal da cidade de Gubbio, aos pés do Monte Ingino, no centro da Itália, leva cerca de quatro meses para ser montada. Em 2011, quem acendeu a árvore foi o papa Bento XVI.
A árvore natalina possui 750 metros de altura, 350 metros de largura e se estende por uma área que corresponde a pouco menos de 30 campos de futebol. Só a estrela cadente, localizada no topo, tem cerca de mil metros. Os 950 pontos de iluminação estão ligados a 7.500 metros de cabos elétricos ligados a 1.350 plugues. Toda a árvore é alimentada por luzes de baixo consumo que usam apenas 35 Kw. Ao todo, são 250 luzes amarelas utilizadas no topo, 300 para criar a imagem da árvore e 400 coloridas para preencher a decoração.
Criatividade e sustentabilidade em árvores de Natal
Não posso deixar de falar sobre a grandiosidade das ideias espalhadas pelo mundo. Existem árvores de Natal feitas de pneus, garrafas pets, caixotes de madeira e diversos outros materiais reutilizados. Veja alguns exemplos:
A árvore abaixo possui 21 metros de altura e foi instalada em Salvador, Bahia. A novidade é que ela foi construída com 22 mil garrafas pet. Foi usada uma série de lacres para prender um recipiente ao outro. As bolas coloridas foram feitas com tesouras e tintas.
Esta outra, em Lismore, na Austrália, mede 5,5 metros e foi feita com cerca de 150 pneus, 100 tampas, 120 garrafas pet (para formar a estrela), latas de alumínio e 40 lâmpadas antigas da pista do Aeroporto Lismore.
Lindíssimas, não é mesmo? A tradição de árvores de Natal vive há muitos anos, e amamos ver a evolução de um dos símbolos mais populares das celebrações natalinas, cada povo em cada país começou a adaptar suas árvores de acordo com suas culturas! Papeis coloridos, doces, frutas eram os enfeites iniciais. Com o tempo, eles foram sendo substituídos por bolas, laços, estrelas, anjos e muitos outros arranjos. Você é do time das árvores gigantescas ou prefere algo mais basiquinho? Você já conhecia essa história? Obrigada pela leitura, me siga nas minhas redes sociais:
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