Todas as pessoas que ascendem em suas carreiras e vidas sabem que por trás de todo o bom resultado existe muita disciplina, estudos, entrega, esforço e abnegação. Porém, no imaginário coletivo, quando alguém está em evidência, seja nas mídias, seja na empresa, carreira ou até mesmo no casamento, o que se escuta é: “que sorte você teve”. Já ouviu isso de alguém? Eu sim! E não, nunca foi destino ou sorte, sempre foi preparação.
Sempre que reduzimos o esforço das pessoas dizendo que foi destino, acaso ou sorte, estamos negando a jornada alheia, talvez por não ter feito o mesmo caminho e a ignorância nos levar a crer que foi fácil a conquista ou ainda, porque quando desprezo o sucesso do outro eu minimizo minha cobrança interna. Existem inúmeras hipóteses, mas o convite é que a partir de hoje, não fale mais para as pessoas sobre a quão sortuda elas são, mas sim, o quão obstinadas foram até conquistarem aquilo que desejaram. Afinal, não somos do tamanho de nossos sonhos, mas sim, de nossa entrega, participação. Enquanto alguns sonham e acreditam na sorte, outros agem e fazem acontecer. Em qual time você joga?
Desconheço o autor da frase: “sorte é quando a preparação encontra a oportunidade”, cabe perfeitamente para esta reflexão. O que você faz não veio de um “chamado’ específico, mas da utilização de seus talentos que desenvolvidos, tornaram-se pontos fortes, aquilo que fazes com excelência. E como se preparar? Como criar ou buscar oportunidades? Bem, só existe um caminho – pelo menos na minha visão, o do autoconhecimento. Se você não sabe qual seu diferencial, seus talentos, aquilo que o torna único vai direcionar energia para onde? Quando descobrimos essas respostas aprendemos a dizer não em um mundo que nos convida a dizer sim diariamente, inclusive para o conhecimento. Hoje existem inúmeras formações, cursos, descobertas, mas qual de fato alimenta teu propósito? Se preparar significa escolher alimentar suas sementes internas, seus talentos, o que fatalmente irá lhe render excelentes frutos, é muito mais fácil sermos nós mesmos. Quando você se conscientiza disso, entende por que alguns frutos alheios são tão fortes, é exatamente porque souberam dizer que tipo de semente eram (não queira ser uma goiaba se você é uma maçã).
Da próxima vez que você ousar pensar se foi destino ou sorte ou ouvir isso de alguém, faça uma retrospectiva mental sobre toda sua construção, e com base em suas próprias evidências, tenha consciência de que não, nunca foi destino ou sorte, sempre foi profissionalismo, mérito, preparação e muita persistência. Quando se olha apenas para o palco é natural que romanticamente pensemos exatamente que foi sorte ou qualquer outro pensamento simplista sobre o que de fato foi construído. Jamais reduza sua participação, passado serve para nos lembrar do que somos e fomos capazes.
Pense nisso!