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Número de residentes cresce 38% em Balneário Rincão

Covid-19 e infraestrutura impulsionaram a procura por imóveis para alugar em 2021

O perfil dos locatários de imóveis e moradores em Balneário Rincão está mudando. A  melhoria na infraestrutura do balneário e o isolamento social durante a pandemia, provocou essa mudança e que fez com que muitas pessoas buscassem imóveis em lugares mais tranquilos. O Balneário Rincão foi um deles. Se antes as pessoas alugavam apenas para a  temporada de verão, agora passaram a reservar o imóvel para o ano todo ou estão adquirindo sua própria casa. A previsão é que a população no próximo censo cresça em torno de 38% . 

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Um dos índices que demonstram o aquecimento do mercado imobiliário no balneário  é a arrecadação do Imposto Sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), cobrado nas transferências imobiliárias, incremento do comércio fora da temporada, procura por alvarás no comércio e a regularização do IPTU pelo contribuinte. 

O secretário de Administração e Finanças de Balneário Rincão, Ramires Lino, conta que o ITBI, aponta crescimento na compra de imóveis dentro do município. “A arrecadação aumentou. Com a pandemia muita gente veio se isolar e viu o quão atrativo o Rincão é, não somente na temporada. Além disso, a proximidade com Criciúma e outros municípios pela Via Rápida facilita o acesso. No próximo censo demográfico a população do município não deverá baixar de 18 mil pessoas”, acredita ele.

Valor do aluguel dobrou

“A pandemia incentivou a renovação dos contratos  por mais tempo”, diz o corretor de imóveis, Osni Otásio, o que segundo ele,impulsionou  os preços dos imóveis. “O valor dobrou. Hoje é difícil encontrar uma casa para alugar por menos de R$10 mil, assim mesmo já alugamos muitas nesses últimos meses e há poucas disponíveis”, diz ele. 

Conforme Otásio, com a nova infraestrutura de Balneário Rincão, principalmente com o calçadão, as pessoas trocaram a cidade pela praia. “Está assim desde o verão passado, muitas famílias de cidades da região vieram morar aqui como de outros estados, como o Rio Grande do Sul. Antes, durante a semana da baixa temporada, se via pouca gente pelas ruas de segunda a quarta-feira, hoje é uma loucura de carros. Depois das 17 horas, a SC-445, já está lotada de veículos em direção ao balneário. Na Vila Suíça, região dos lagos, hoje se fomentou muito o Rincão. As imobiliárias e o segmento de material de construção estão aquecidos”, vibra. 

A moradora de Criciúma, Sabrina Bithencourt Vieira, alugou uma casa com familiares e fez contrato por um ano. “Pagamos por mês e por enquanto estamos indo aos finais de semana. Agora, com as férias das crianças e início da temporada, por ser perto de Criciúma, vamos trabalhar e voltamos todos os dias”, diz ela.

O corretor de imóveis, Tarcísio da Luz Alves, comemora o aquecimento, segundo ele, acima de 40%, no mercado imobiliário no Rincão. “Atendo clientes de nossa região, como do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e do exterior que possuem contato com pessoas ligadas ao Rincão. Estão vendo o crescimento do Rincão, buscam qualidade de vida e apostam como a praia do futuro”, destaca. 

Ainda conforme o corretor, construtoras também já possuem projetos para empreendimentos nos balneários, como condomínios de alto padrão, inclusive para as pessoas morarem em definitivo. “O Rincão tem a praticidade em ser próximo de outros municípios, diante disso está se tornando o futuro da região. Estamos contentes com esse pensamento de investir no Rincão e se o mercado imobiliário manter essa intensidade, logo teremos mais opções de padaria, restaurantes, farmácias, enfim tudo o que uma grande cidade busca apresentar qualidade de vida e opções aos moradores”, aposta. 

Temporada de três meses

Mas há também quem opte pelos três meses de temporada de verão, que geralmente começa em 01 de dezembro e segue até 28 de fevereiro, como conta a corretora Ana Maria Garcia Albino. “De setembro até meados do mês de novembro os preços dos aluguéis estavam exorbitantes. A procura diminuiu, mas agora em dezembro deve aumentar”, aposta Ana Maria. 

Segundo ela, neste ano a procura foi bem alta para aluguel de três meses, principalmente de pontos comerciais. “ De 01 de dezembro até 28 de fevereiro. Alguns inquilinos esticam um pouco até 15 de março. Mas no total são 90 dias de temporada. Temos casas de R$60 mil, o valor  mínimo é de R $7.500, mas é uma casa bem retirada do mar. Não existe uma preferência, mas a zona sul tem uma grande procura devido ao crescimento”, finaliza.

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