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Narcortráfico: Sul de SC é alvo de operação que atinge PR, SC, RS e SP

Polícia Civil deflagrou a operação "Squadrone", na manhã desta quarta-feira, dia 10

A 2° Delegacia de Repressão ao Narcotráfico, em conjunto com as polícias civis dos estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Ministério da Justiça e Segurança Pública deflagraram na manhã desta quarta-feira, dia 10,  a operação “Squadrone”, cumprindo 31 mandados de prisão, 43 de busca e apreensão, 26 bloqueios de contas bancárias e 4 ordens de restrições veiculares em quatro estados e vinte um municípios. Entre os presos, está um traficante português, que atualmente cumpre pena na europa (região do Vale do Souza-Portugal).

Estão sendo executadas ao total 104 medidas cautelares de prisões temporárias, buscas e apreensões domiciliares e bloqueios de contas bancárias.  A ação visa o combate de tráfico de drogas, associação para o tráfico, porte ilegal de armas de fogo e comércio irregular de munições e armas de fogo.

Os mandados de prisão estão sendo cumpridos, simultaneamente, nos quatro estados (RS/SC/PR e SP), nos municípios de Cachoeirinha, Canoas, Gravataí, Triunfo, Sapucaia do Sul e Rio Grande(RS); Balneário Arroio do Silva, Balneário Rincão, Balneário Camboriú, Cricíuma, Içara, Itajaí, Itapema, Joinville, Navegantes, Penha e Tubarão (SC); Foz do Iguaçú e São Miguel do Iguaçú (PR); Ribeirão Preto e Itaquaquecetuba (SP). Participam da ação cerca de 100 policiais civis do Denarcrs, em conjunto com aproximadamente 90 policiais civis de Santa Catarina, Paraná e São Paulo.

Na operação realizada em Balneário Arroio do Silva , foram empregados 43 policiais civis , sendo 37 da regional e 6 da PCRS. Foram cumpridos 6 mandados de busca e apreensão e 3 mandados de prisão. Os presos foram encaminhados à Central de Plantão Policial de Araranguá.

 

 

A investigação

De acordo com o Delegado Liedtke (2° Din/Denarc/RS), as investigações iniciaram há mais de 15 meses, oportunidade em que os policiais civis da Especializada efetuaram a prisão em flagrante de um casal (um homem com antecedentes policiais no estado de Santa Catarina e uma mulher paranaense, menor de idade) comercializando tijolos de crack no Bairro Intercap, em Porto Alegre.

A partir dessa diligência, após autorização judicial em cautelar representada pela Autoridade Policial gaúcha, as diligências investigativas que se seguiram demonstraram a existência de uma espécie de consórcio e ‘aliança’ envolvendo dois dos principais grupos de narcotráfico do Rio Grande do Sul (com origem no Vale dos Sinos) e de Santa Catarina (com origem na Capital Catarinense), visando à transação e comércio de substâncias entorpecentes.

Apurou-se que um dos indivíduos, alvo da Operação, era responsável pela conexão entre as duas facções que realizavam vultosas negociações de entorpecentes, principalmente cocaína e crack.  Um dos líderes do alto escalão da facção criminosa de Santa Catarina acabou sendo executado por desafetos de facção rival em setembro de 2023 na cidade de Criciúma.

Segundo as investigações, no intervalo de 15 dias, os criminosos movimentaram mais de R$ 5 milhões de reais com a venda de cocaína e crack intermediada entre as células das facções de SC e RS. O dinheiro recebido em espécie era destinado para contas de empresas de fachada para os estados do Paraná e São Paulo, e também para uma casa de câmbio no estado de SC, alvo de execução de mandado de busca na manhã do dia de hoje pelos Policiais Civis Gaúchos e Catarinenses.

Traficante de Portugal

De acordo com o que se pode apurar no decorrer das diligências investigativas, um dos principais alvos da ofensiva policial deflagrada hoje (um traficante português naturalizado brasileiro), fazia a comercialização de drogas em seu perfil nas redes sociais, e com os lucros obtidos com a mercancia das drogas sustentava verdadeira vida de luxo.

Alguns dos integrantes da associação criminosa que se locupletavam do tráfico de drogas já se encontravam presos no sistema penitenciário, utilizando os lucros para obterem regalias nos estabelecimentos prisionais.

Um deles, mesmo recolhido na penitenciária de Rio Grande/RS, negociava a venda da droga conhecida como supermaconha ou “skank” para o grupo criminoso. As medidas cautelares executadas pelos policiais civis hoje foram expedidas pelo Poder Judiciário Gaúcho (Foro Central de Porto Alegre), após parecer favorável exarado pelo Promotor de Justiça do Ministério Público Estadual do RS.

 

 

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