Na última quinta-feira, dia 15, o Congresso Nacional aprovou a famigerada Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2022. Essa lei nada mais é o que estabelece quais serão as metas e prioridades do governo para o ano seguinte. A LDO aprovada prevê um déficit de R$ 170,47 bilhões para o orçamento. Coitado de nós trabalhadores e empresários brasileiros, pagadores de impostos.
O mais grave, cômico se não fosse trágico, é o salto de R$2 bilhões para mais de R$5,7 bilhões do fundo eleitoral. O valor foi triplicado, uma vergonha. Agora a LDO segue para a sanção presidencial. O presidente, vem sinalizando que vetará esse escárnio. Vamos aguardar.
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Enquanto isso, o Brasil assiste uma Câmara dos deputados sambar na cara da população. Deputados e Deputadas que não tem coragem de firmar posição para com seus votos e que acham, quem em pleno século XXI, com toda essa transparência e acesso à informação enrolam um povo outrora desinteressado por política. Ledo engano, o brasileiro cada dia mais acompanha a política e seus mandatários.
Tiveram a oportunidade de votar um “destaque” do partido NOVO que não permitia que essa aberração nascesse. Não votaram! Depois de fazerem essa manobra cruel, impiedosa e irresponsável inundaram as redes sociais com as mais cômicas das explicações dizendo serem todos contra o fundão. Mais vergonhoso ainda.
Os brasileiros ainda sofrem com a pandemia, brasileiros de todas as classes, credos, cores e posições sociais, em especial, os mais pobres. E nossos deputados federais estão preocupados com o que? Com o dinheiro que pode garantir suas mamatas, garantir suas reeleições. A consciência do voto no ano que vem é fundamental, é condição sine qua non para transformamos o Brasil.
A eleição do ano que vem será um divisor de águas para fazermos nosso Brasil grande outra vez, os Deputados Federais e Senadores escolhidos precisam ser analisados, passados um pente fino. Pois, se continuarmos a escolher nossos congressistas como escolhemos uma camiseta de promoção, no sentido de “tanto faz”, aberrações como essa continuarão a nascer. Imaginem quantos auxílios emergenciais, quantos auxílios a empresários, tamanho fomento poderíamos fazer ao setor de eventos, bares e restaurantes tão afetados por esse vírus maldito.
Investir um valor desses na nossa infraestrutura. Na nossa ciência e tecnologia, R$ 6 bilhões investido na mão de nossos pesquisadores tão assolados pela falta de recursos seria uma revolução cientifica. Por enquanto, temos que conviver com a agonia de ter um Congresso que prefere ver o dinheiro público investido em campanha eleitoral do que em áreas que realmente importam para ver nosso país grande outra vez.
É vergonhoso, é revoltante. R$ 6 bilhões ao fundão, não!
Marcos Machado
Bacharel em Direito e Mestrando em Desenvolvimento Socioeconômico pela Unesc