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Mãe desabafa por falta de leito de UTI no Sul para filha com doença crônica

Através das redes sociais, Pamella Lemos Cardoso desabafou sobre a falta de leitos de UTI Pediátrica no Sul catarinense

Através das redes socias, Pamella Lemos Cardoso, mãe da menina Eloah Lemos da Silva, de cinco anos, compartilhou a angústia da falta de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Pediátrica na cidade onde vive, em Tubarão. Diagnosticada com Atrofia Muscular Espinhal tipo 1 a luta da menina é compartilhada em um perfil no Instagram. Com um quadro de pneumonia, ela necessitava de um leito de UTI. Porém no Hospital Nossa Senhora da Conceição todas estão lotadas.

“Aqui estamos mais uma vez para compartilhar com vocês sobre a Eloah. Ela está estável e seguimos na pediatria, pois pela milésima vez não tem leito de UTI em nossa cidade. Acharam uma vaga em Jaraguá do Sul. Uma distância de 4h de viagem que será aéreo. Estamos sem saber o que fazer mais uma vez, desesperados, pois vamos para longe, numa cidade e hospital que nunca vimos. Peço que compartilhem, que divulguem, para que de alguma forma chegue a alguém que nos ajude a encontrar um leito mais perto. Peço muita oração pela nossa menina e para nós. Porque chega momentos que nos encontramos de mãos atadas, sem saber o que fazer e isso dói muito”, escreveu Pamela nas redes sociais.

Mesmo com o apelo, devido a falta de leitos pediátricos de UTI na região, Eloah foi transferida para Jaraguá do Sul, onde recebe o tratamento. “Eu sempre vou ter revolta com isso, porque é um descaso. Estar longe de casa inclui ter muitos gastos, não ter um apoio familiar para ajudar caso seja preciso, estar insegura com os profissionais, se estão aptos para lidar com uma paciente com uma patologia de base e um quadro delicado de pneumonia. Nossa indignação se mantém. Porque para mim isso é um absurdo. Uma paciente já com uma doença de base que precisa frequentemente de UTI e NUNCA tem leito no HNSC. Sempre temos que nos submetermos a transferência para outra cidade. Por mais que a Eloah precise muito de uma leito de UTI, a transferência, o transporte se torna algo muito perigoso para um paciente”, desabafou a mãe.

 

De acordo com painel de leitos SUS do Governo do Estado, na noite de terça-feira, dia 20, os quatro leitos de UTI Pediátrica do HNSC, em Tubarão, seguem ocupados. No Sul catarinense, apenas um leito de UTI Pediátrica está vago no Hospital Materno-Infantil Santa Catarina, em Criciúma. Já os outros 11 leitos estão ocupados. Dos 129 leitos existentes em Santa Catarina, 110 estão ocupados e 19 estão disponíveis nas diversas regiões.

A falta de leitos de UTI Pediátrica e Neonatal vem ocorrendo com frequência em SC, especialmente, no Sul. Em Criciúma, a nova UBS do bairro Santa Bárbara antes mesmo de ser inaugurada, está sendo utilizada como um centro de triagem para o Hospital Materno-Infantil Santa Catarina, devido a superlotação.

 

Segundo o Ministério da Saúde, a Atrofia Muscular Espinhal (AME) é uma doença rara, degenerativa, passada de pais para filhos e que interfere na capacidade do corpo de produzir uma proteína essencial para a sobrevivência dos neurônios motores, responsáveis pelos gestos voluntários vitais simples do corpo, como respirar, engolir e se mover. O tipo 1 é o mais frequente e a forma mais grave da doença.

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