O senador Jorginho Mello, pré-candidato do PL ao governo do Estado, aproveitou o episódio da sindicância realizada pela Secretaria da Saúde, que só puniu com 15 dias de afastamento uma das funcionárias do setor de compras pelo episódio da aquisição com pagamento antecipado de 200 respiradores junto à empresa Veigamed por R$ 33 milhões, para fazer pesadas críticas ao governador Carlos Moisés (Republicanos).
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Jorginho engrossa as fileiras dos que queriam severas punições por conta do escândalo e afirma a “absolvição” dos envolvidos “debocha dos catarinenses”.
Assim como o deputado Bruno Souza (NOVO) e outros, Jorginho vê na sindicância a possibilidade de um ato sumário e não considera o levantamento de provas para condenar administrativamente e princípios como o direito ao contraditório e a presunção de inocência.
Não é de hoje que a compra se transformou em um calcanhar de Aquiles da administração Moisés, que reiterada vezes tem afirmado que bens foram congelados e valores de contas bancárias dos responsáveis pela venda estão indisponíveis dos responsáveis pela venda.
Empresários, atravessadores, ex-servidores e servidores públicos constam nas investigações que envolveram Polícia Civil, Ministério Público e Tribunal de Contas.
A máxima de que punir ou condenar previamente deve ser interpretado como justiciamento e não Justiça se aplica ao caso, enquanto não julgado na instância do Judiciário competente.
Pano de fundo
Opositor do atual governador, Jorginho vê na questão da sindicância, uma seara fora do Poder Judiciário, a chance de aumentar a pressão sobre o assunto respiradores depois que o Paraná Pesquisas mostrou que está bem atrás de Carlos Moisés.
Nas duas simulações, antecipações do palanque eleitoral como todas as demais pesquisas desde abril do ano passado, o pré-candidato do PL aparece, respectivamente, com quase 10 pontos percentuais e quase 11 pontos de percentuais atrás do governador.
A expectativa do senador e de seu grupo político era de que Jorginho fosse aparecer em primeiro lugar em função de ser do mesmo partido de Jair Bolsonaro, o PL, e aproveitar a carona na musculatura eleitoral e na popularidade do presidente da República no Estado, o que fará aumentar os disparos contra Moisés.